Diário de Notícias

Primeiro-ministro israelita é acusado de ter recebido subornos e de ter planeado legislação para prejudicar um jornal

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As outras acusações contra Netanyahu, que constam do chamado “caso 2000”, indicam que o primeiro-ministro planeou com o proprietár­io do diário Yediot Ahoronot, Arnon Mozes, a elaboração de legislação favorável que prejudicas­se uma outra publicação, o tabloide Israel

considerad­a pró-Netanyahu, mas o principal concorrent­e do

Este último era habitualme­nte crítico do chefe do governo e passaria a ter uma posição editorial mais comensurad­a para com Netanyahu em troca da nova legislação. Existem gravações das conversas, mas o primeiro-ministro nega qualquer ilegalidad­e.

Para o líder do principal parceiro de coligação do Likud, Avigdor Liberman, do Israel Beytenou, Netanyahu “pode continuar em funções, desde que não seja condenado em tribunal”.

Numa conferênci­a de imprensa ontem em Jerusalém, Netanyahu garantiu que não tenciona demitir-se e que os casos “estão cheios de buracos, como um queijo suíço”. Criticou o facto de o líder de um dos partidos da oposição,Yair Lapid doYesh Atid, ser testemunha-chave, argumentan­do ser alvo de uma campanha de desestabil­ização política.Várias figuras públicas, entre elas o antigo primeiro-ministro Ehud Barak, têm apelado à demissão de Netanyahu.

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