Diário de Notícias

No final dos anos 1980, Andrea Nahles, então estudante do secundário, disse que seria ou “dona de casa ou chanceler”

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por esta organizaçã­o, sendo aliás uma das raras figuras políticas a fazê-lo.

Atual líder da bancada parlamenta­r do SPD, Nahles foi ministra do Trabalho no anterior governo, tendo sido sobre a sua égide que foi estabeleci­do o salário mínimo. Adversária declarada do ex-chanceler Gerhard Schröder, a quem chamou “demolidor da social-democracia”, é conhecida pela sua linguagem direta e determinaç­ão. Dela disse o líder agora demissioná­rio: “É ao mesmo tempo o martelo e a bigorna. Dá golpes contundent­es e também os encaixa na perfeição.”

Se os militantes do SPD votarem contra a coligação com a CDU, o resultado mais provável serão legislativ­as antecipada­s, em que Nahles quase certamente será candidata. Se o partido não continuar a cair nas intenções de voto, irá concretiza­r-se o sonho expresso no final dos anos 1980 por uma então jovem estudante do secundário sobre o que antecipava para o seu futuro: “Ser dona de casa ou chanceler?” O advogado pessoal do presidente Donald Trump admitiu ontem o pagamento do seu próprio bolso o equivalent­e a 105 400 euros (130 mil dólares) a uma atriz de filmes pornográfi­cos que disse ter mantido relações sexuais com o milionário em 2006.

Num comunicado enviado ao The New York Times, o advogado Michael D. Cohen não explica as razões na origem do pagamento feito a Stephanie Clifford, de 38 anos, que é conhecida na indústria pornográfi­ca como “Stormy Daniels”.

Na época dos alegados acontecime­ntos, Trump era um mero empresário, mas já estava casado com Melania, de quem acabara de ter o filho do casal, Barron. Esta história foi inicialmen­te divulgada pelo The Wall Street Journal em janeiro.

Segundo o advogado, “nem a organizaçã­o Trump nem a campanha de Trump tiveram qualquer envolvimen­to na transação com a senhora Clifford, e nem uma nem outra me fizeram qualquer reembolso, de forma direta ou de forma indireta”.

Antes da história ser divulgada pelo TheWall Street Journal, Clifford dera uma entrevista em que descrevia alguns detalhes da sua suposta relação adúltera com Trump, nomeadamen­te, dizendo que o advogado deste lhe entregara dinheiro para pagar o seu silêncio. Num dos pontos da entrevista, a atriz porno qualifica como “sexo genérico” o que se passou. “Nada de loucuras, foi só numa posição. O que seria de esperar de um homem da idade” de Trump, disse Clifford. Ainda na mesma entrevista, a atriz referiu mais do que um encontro, inclusive um sucedido três a quatro meses após o nascimento do filho de Melania e Trump. A relação teria durado entre 2006 e 2010. A Casa Branca negou a existência de qualquer relacionam­ento do agora presidente com a atriz.

Desde que Donald Trump entrou na campanha para as presidenci­ais, a atriz fez vários contactos para vender a sua história, referiram recentemen­te os media americanos. Terá sido então, em 2016, pouco antes da eleição de novembro, que Trump tentou pagar o seu silêncio. A.C. M.

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