15 galerias portuguesas vão à ARCO Madrid
Feira recebe 208 galerias de 29 países. E terá uma secção dedicado ao “Futuro”
Carlos Urroz, o diretor da feira de arte espanhola
MARIA JOÃO CAETANO São quinze as galerias portuguesas que vão marcar presença na feira ARCO Madrid deste ano, que se realiza de 21 a 25 deste mês e que, ao contrário do que sempre aconteceu, desta vez não terá um país convidado mas antes um “conceito convidado”, como explicou o diretor Carlos Urroz, numa conferência de imprensa realizada ontem em Lisboa.
A maioria das galerias portuguesas participa no Programa Geral. Oito são de Lisboa: 3 + 1 Arte Contemporânea, Vera Cortês, Baginski Galeria/Projetos, Carolina Pagés, Cristina Guerra Contemporary Art, Filomena Soares, Bruno Múrias e Pedro Cera. E três do Porto: Pedro Oliveira, Nuno Centeno e Quadrado Azul.
No programa Opening, dedicado às novas galerias, marcam presença a Madragoa, a Pefro Alfacinha e Francisco Fino (que está pela primeira vez na feira de Madrid). E nos Diálogos estará também presente a galeria Graça Brandão, de Lisboa.
Esta forte presença portuguesa (no ano passado tinham sido 13 as galerias) reflete o bom momento do mercado e da arte nacional, explicou a galerista Vera Cortês, do comité organizador da ARCO Madrid. “Esta continua a ser a feira mais importante para os galeristas portugueses, não só do ponto de vista da visibilidade mas sobretudo do ponto de vista comercial”, disse. Num momento em que Portugal está nas bocas do mundo pelos mais diversos e bons motivos, esta conjuntura tem obviamente reflexos também no mercado da arte, diz: “Há uma atenção extra ao mercado português, às galerias e à arte portuguesa. Os holofotes estão virados para nós e as galerias têm sabido tirar partido disso.”
O colecionismo português será igualmente reconhecido nesta 37.ª edição da feira, com os prémios A, que, entre outros, distinguiram a coleção do português Armando Martins, atualmente composta por 400 obras de artistas portugueses e estrangeiros. Para 2019, este empresário prevê a abertura de um museu de arte contemporânea localizado no Palácio Condes da Ribeira Grande, em Lisboa.
De acordo com Carlos Urroz, este ano o certame decidiu inovar e deixar cair o país convidado, como tem acontecido tradicionalmente, e optou por escolher um tema, o “Futuro”: “O futuro não é o que vai acontecer, mas sim o que vamos fazer.” “A ideia do nacional está um pouco ultrapassada, e não está tão implementada na arte contemporânea, porque ultrapassa muito as fronteiras dos países.” No total, serão 208 as galerias que vão estar na ARCO, oriundas de 29 países. 160 galerias apresentam-se no Programa Geral e 51 vão estar nos programas comissariados.