Diário de Notícias

Porto vence Estoril 37 dias depois e destaca-se em primeiro

Com uma (re)entrada demolidora e um golo de legalidade duvidosa, dragões operaram a reviravolt­a em apenas 14 minutos e reforçaram a liderança. Um senão: a lesão de Alex Telles

- GONÇALO LOPES

Com distinção. Foi assim que o FC Porto operou uma reviravolt­a no Estoril, com 37 dias de atraso. Agora corre cinco pontos à frente dos rivais Benfica e Sporting.

Trinta e sete dias depois jogou-se então a segunda parte do Estoril-FC Porto, que a 15 de janeiro havia sido interrompi­do ao intervalo devido a fissuras numa bancada do António Coimbra da Mota. Entre lesões e saídas, registaram-se várias mexidas em ambas as equipas para esta segunda parte, com destaque para as seis mexidas operadas por Sérgio Conceição, que optou por Casillas, Corona, Soares, Brahimi, Marcano e Sérgio Oliveira, em detrimento de José Sá, Ricardo Pereira, Reyes, Danilo, Aboubakar e Layún.

Os dragões partiam em desvantage­m, depois do golo de Eduardo Teixeira, aos 16 minutos, mas sabiam que a reviravolt­a permitiria uma vantagem de cinco pontos sobre Benfica e Sporting no que resta do campeonato. E não foi preciso esperar muito para perceber que o FC Porto estava determinad­o. Os azuis e brancos arriscaram tudo e encontrara­m também um Estoril muito aquém do que demonstrar­a nos primeiros 45 minutos.

Havia meia parte apenas para jogar, mas os comandados de Sérgio Conceição nem precisaram de tanto. Aliás, foram necessário­s apenas 14 minutos para operar a reviravolt­a. A pressão dos dragões era tal que o Estoril não conseguia respirar e fazer dois passes consecutiv­os. O golo do empate surgiu aos 53’, mas já antes Marega e Herrera tinham desperdiça­do duas boas ocasiões. O 1-1 esteve envolto em polémica, devido a um possível fora-de-jogo de Soares. O brasileiro não toca na bola no livre de Alex Telles, mas faz o movimento de um cabeceamen­to. O árbitro consultou o VAR e validou.

Era a festa do empate, mas os jogadores portistas não tiveram muito tempo para celebrar. O Estoril não conseguia sair do seu meio-campo e todos os que se deslocaram ao António Coimbra da Mota já adivinhava­m o que surgiria seis minutos depois: o segundo do FC Porto. Agora, sim, Soares encostou, depois de um remate de Marega que Renan não conseguiu agarrar. Em apenas 14 minutos, os dragões operaram uma reviravolt­a “expresso”.

Faltavam 31’ para jogar e Casillas era um mero espectador, numa tarde muito tranquila. Do lado do Estoril não houve qualquer tipo de resposta e quem verdadeira­mente se viu foi o guarda-redes Renan. Evitou mais alguns golos, mas nada pôde fazer aos 67’, quando Soares voltou a aproveitar uma recarga, agora a remate de Corona.

Sérgio Conceição aproveitou então para dar descanso a alguns jogadores, a pensar já na deslocação a Portimão, no próximo domingo. O treinador festejou efusivamen­te no final, o dragão marca uma vantagem importante na tabela a onze jornadas do fim, mas sobrou uma dor de cabeça: a lesão de Alex Telles, aos 58’, que aparenta ser de alguma gravidade, no joelho esquerdo (o brasileiro regressou ao Porto para exames; a equipa seguiu para o Algarve). Já Ivo Vieira arrasou os seus jogadores no final da partida: “Quase que deu dó ver o Estoril em campo.”

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Soares festeja um dos dois golos que marcou ontem. Foi o terceiro bis consecutiv­o do brasileiro na Liga portuguesa
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