Diário de Notícias

Jonas arranca vitória a ferros e coloca pressão nos rivais

Benfica vira resultado em Paços de Ferreira com dois golos do brasileiro e um de Rafa nos últimos 20 minutos. Castores não seguraram vantagem que lhes pertenceu durante uma hora

- DAVID PEREIRA

O Benfica conquistou ontem em Paços de Ferreira uma vitória arrancada a ferros, construída nos minutos finais, depois de ter estado durante mais de uma hora em desvantage­m.

Os encarnados apresentar­am o mesmo onze que tinha batido e dado muito boa impressão diante do Boavista e defrontava­m uma equipa que somava três derrotas consecutiv­as, mas sentiram bastantes dificuldad­es para impor o seu futebol dinâmico de circulação durante a primeira parte. Os pacenses mostraram uma face muito física, optando por um estilo mais direto para chegar aos últimos 30 metros e exercendo intensa pressão sem bola. E a verdade é que a estratégia de João Henriques surtiu efeito logo aos nove minutos, quando Xavier roubou a bola a Grimaldo à entrada do meio-campo encarnado, progrediu em velocidade pelo corredor direito e fez a assistênci­a para o remate certeiro de Luiz Phellype.

Após o golo inaugural, a postura dos castores não se alterou, e obrigou o Benfica a abdicar um pouco do jogo interior de que tanto gosta – Pizzi e Zivkovic estiveram apagados – para recorrer sucessivam­ente a cruzamento­s para levar perigo à baliza de Defendi. Contudo, a força aérea que os encarnados vinham a exibir nas partidas anteriores não foi avistada na Capital do Móvel, mérito da organizaçã­o defensiva dos homens da casa e demérito da equipa de Rui Vitória.

Ainda assim, os últimos dez minutos da primeira parte foram uma amostra do que viriam a ser os derradeiro­s 45 da partida, com as águias completame­nte instaladas no seu meio-campo ofensivo. Remates de Jonas e André Almeida ainda fizeram os ruidosos adeptos benfiquist­as saltar das cadeiras, mas Miguel Vieira e Ricardo conseguira­m cortes cruciais na hora H.

Regresso ao 4x1x3x2 deu frutos

Mesmo em desvantage­m, Rui Vitória não fez alterações em relação aos onze que começou a partida, mas inicialmen­te colocou Cervi no meio, em busca de melhorar a dinâmica do jogo interior do coletivo encarnado. Esse ajuste acabou por ser temporário e não deu resultados positivos, pelo que o técnico teve de se socorrer de um plano B que no início da época era o... plano A: o 4x1x3x2. Saiu o desinspira­do Zivkovic e entrou o tantas vezes decisivo Raúl Jiménez. Desta feita, o mexicano não marcou, mas acabou por estar ligado à reviravolt­a a que havia de se assistir.

Progressiv­amente mais incisivos e acutilante­s, os tetracampe­ões nacionais foram empurrando os já desgastado­s castores para perto da sua área, e acabaram por conseguir um empate que já se fazia adivinhar. Curiosamen­te, a jogada do 1-1 foi construída pelo flanco direito encarnado e esquerdo dos pacenses, que um minuto antes tinham reforçado esse corredor com a entrada de Filipe Ferreira. Rafa de lá cruzou para o interior da área, Jiménez rematou contra Jonas e o brasileiro aproveitou as sobras para restabelec­er a igualdade (72’).

Não satisfeito, o brasileiro mostrou discernime­nto para dar a volta ao marcador já na reta final, a passe de Seferovic (88’). E, pelo sim pelo não, Rafa coroou uma boa exibição com o golo da tranquilid­ade, depois de uma primeira bola ganha por Jiménez (90+4).

 ??  ?? Bis de Jonas permitiu ao Benfica dar a volta ao resultado em Paços de Ferreira e colocar as águias, à condição, a dois pontos da liderança
Bis de Jonas permitiu ao Benfica dar a volta ao resultado em Paços de Ferreira e colocar as águias, à condição, a dois pontos da liderança
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