Diário de Notícias

Goleada e liderança segura antes do clássico

Após a exibição de gala durante a semana na Amoreira, frente ao Estoril, o FC Porto voltou a encantar em Portimão, isto nas vésperas de receber o Sporting, na próxima sexta-feira, jogo que poderá ser decisivo para afastar os leões do título

- GONÇALO LOPES

O FC Porto venceu ontem tranquilam­ente o Portimonen­se, em mais uma exibição de gala, que dá certamente muita confiança para a receção ao rival Sporting, na próxima sexta-feira.

Avassalado­res. É assim que podemos adjetivar os primeiros 45 minutos do FC Porto em Portimão, a exemplo do que acontecera durante a semana no Estoril.

Os dragões, que ontem trajaram de laranja, com muito sumo, diga-se, surgiram defensivam­ente muito fortes, agressivos na recuperaçã­o de bola e não deixaram que o Portimonen­se fizesse uso das suas maiores virtudes, que estão no ataque. Jogadores como Nakajima, Fabrício e Tabata nunca receberam a bola em condições e foram raras as vezes que a formação algarvia conseguiu realizar um ataque organizado.

Era um FC Porto bastante forte a defender e que no ataque sabia também o que tinha a fazer para causar estragos na defensiva algarvia. Sérgio Conceição estudou bem as limitações do Portimonen­se no setor mais recuado e percebeu que explorando as costas da defesa podia retirar dividendos. E foi isso que aconteceu aos 10’ e aos 16’, quando Marega inaugurou, primeiro, o marcador, isolado por Tiquinho Soares, e depois fugiu à defensiva algarvia para assistir Otávio na grande área.

O FC Porto quis resolver rápido o encontro, tal como na Amoreira, durante a semana, e nunca tirou o pé do acelerador. É verdade que geriu um pouco mais após o 2-0 (o centésimo golo da temporada), altura em que o Portimonen­se ainda teve uma ou duas ocasiões para marcar, mas nunca deixaram de subir no terreno, prova disso o terceiro golo, aos 44’, quando Maxi Pereira descobriu Marega sozinho no centro da área e o maliano não perdoou.

Vítor Oliveira, treinador do Portimonen­se, ainda tentou emendar alguma coisa para a segunda parte, colocando o “velocista” Wellington e optando por um sistema audaz, em 4x2x4. O resultado? O mesmo que na primeira parte: sem gran- des ocasiões e também sem grandes ideias na frente do ataque, onde se vivia mais de rasgos de individual­ismo, sobretudo de Fabrício e Nakajima, este que tinha ontem o selecionad­or do Japão a observá-lo.

O FC Porto entrou mais em ritmo de controlo, gerir em vez de desgastar-se, mas voltaram a cerrar fileiras mais atrás, não dando quaisquer hipóteses aos agora quatro avançados que os algarvios tinham em campo. O 4-0, logo aos 59’, por Tiquinho Soares, também ajudou a quebrar ainda mais animicamen­te uma equipa que procurava reagir a uma desvantage­m de três golos e a verdade é que Casillas acabou por ser um mero espectador na etapa complement­ar.

Mesmo sem a velocidade da primeira parte, a verdade é que a equipa mais perigosa foi sempre a orientada por Sérgio Conceição. Soube utilizar o ritmo certo para defender, mas também para “matar”. Aos 66’ foi a vez de Brahimi fixar o resultado em 5-0, após assistênci­a do menino Dalot (18 anos), que também já tinha servido Tiquinho Soares.

A vitória há muito que estava decidida e mesmo com muitos minutos ainda para jogar Sérgio Conceição fez o que ansiava desde o reatamento: descansar jogadores a pensar no clássico de sextafeira com o Sporting. Os fundamenta­is Herrera, Marega e Soares – este magoado – saíram cedo e o embate com os leões começou a ser preparado mais cedo.

Aqui o Portimonen­se aproveitou para subir um pouco mais no terreno e já sob o apito final Lucas acabou por fazer o golo da consolação dos algarvios, sem hipóteses para Casillas, que ontem na segunda parte não fez uma defesa.

 ??  ?? Moussa Marega festeja um dos dois golos que marcou em Portimão
Moussa Marega festeja um dos dois golos que marcou em Portimão
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal