Diário de Notícias

A tarde em que José Mourinho e Pep Guardiola tiveram razões para festejar

Português vence no reencontro com Chelsea... de Conte. Catalão conquistou primeiro título pelo Manchester City

- DAVID PEREIRA

Rivais há quase uma década, José Mourinho e Pep Guardiola partilham a mesma cidade e o mesmo campeonato, mas ontem ambos tiveram razões para comemorar.

Em tarde de reencontro com o Chelsea e Antonio Conte, com quem protagoniz­ou uma azeda troca de palavras durante largas semanas – cumpriment­aram-se antes e depois do jogo –, o técnico setubalens­e viu o seu Manchester United começar a perder mas operar a reviravolt­a (2-1).

Um golo do brasileiro­Willian aos 32 minutos, a passe de Hazard e num lance em que a defesa dos red devils mostrou passividad­e, colocou os blues em vantagem. Contudo, a formação de Old Trafford, a jogar em casa, restabelec­eu a igualdade sete minutos depois, por intermédio de Romelu Lukaku, que marcou o primeiro golo desta época a uma equipa dos oito lugares de topo da liga inglesa.

Se o United – com Lindelof e Matic durante os 90’ e Joel Pereira no banco – chegou ao empate através do seu melhor marcador da temporada (22 golos), deu a volta ao resultado por intermédio do segundo artilheiro da equipa, Jesse Lingard (13), que aproveitou um cruzamento do avançado belga para cabecear para o fundo das redes, à entrada para o último quarto de hora.

Antes do apito final, aos 86’, os londrinos ainda introduzir­am a bola na baliza de De Gea, por Morata, mas o árbitro Martin Atkinson considerou que o espanhol se encontrava em posição irregular.

O triunfo permite à formação de Manchester recuperar o 2.º lugar, perdido na véspera, à condição, para o Liverpool, e deixar o Chelsea a seis pontos.

Tudo sanado entre treinadore­s

Sobre o sabor da vitória alcançada ontem, Mourinho disse que “não é especial por ser o Chelsea”. “Mas é muito especial termos vencido os campeões, que têm uma equipa fantástica e que são muito difíceis de bater, e porque são três pontos que nos mantêm em segundo lugar, que é a posição pela qual estamos a lutar”, concluiu o português, que justificou os apertos de mão a Antonio Conte. “Um aperto de mão não precisa de palavras. Não somos pessoas comuns no futebol. Temos história”, disse o português, complement­ado pelo italiano. “Merecemos este resultado. Está tudo bem com Mourinho”, afirmou à Sky Sports.

Históricos garantem Taça da Liga

Mais a sul, em Londres, Pep Guardiola conquistou o primeiro troféu desde que chegou a Inglaterra, a Taça da Liga, guiando o Manchester City a uma vitória folgada sobre o Arsenal (3-0) em Wembley, com golos de três jogadores que estão há muito tempo no clube.

Aguero abriu a contagem com um magnífico chapéu após passe longo do guarda-redes Bravo (20’), o capitão Kompany dilatou a vantagem na sequência de um canto (58’) e David Silva fechou as contas (65’). “Este troféu é para o Man. City e não para mim”, vincou o catalão.

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Mourinho e Conte em Old Trafford, onde fizeram as pazes. Em baixo, Ederson e Bernardo Silva festejam o primeiro título da era Guardiola

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