Consenso para manter fundos
Ministro Pedro Marques e vice-presidente do PSD Castro Almeida encontram-se hoje para debater os fundos da UE
Governo e PSD arrancam hoje para a primeira reunião sobre os fundos estruturais, um dos temas que Rio e António Costa elegeram como prioritário para os consensos nacionais. O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, reúne-se com o vice-presidente social-democrata Castro Almeida e começarão a discutir a reprogramação do quadro comunitário 2020 e o próximo 2030. Tudo para que Portugal chegue à União Europeia com uma “posição forte”, sempre no sentido de manter o máximo de verbas possível, num momento em que para o pós-brexit se discutem cortes nos fundos de coesão.
Além de querer debater com os restantes partidos este tema, o governo procura no PSD o apoio para influenciar o documento orientador que em maio a Comissão Europeia irá divulgar sobre o próximo quadro comunitário. Uma fonte governamental lembra ao DN que “PS e PSD integram os dois maiores grupos no Parlamento Europeu (PSE e PPE) e são, por isso, fundamentais para influenciar as decisões na UE”.
A mesma fonte diz que estas conversações com os sociais-democratas sobre os fundos são “relativamente simples, já que se trata das grandes linhas gerais sobre a manutenção dos fundos e sobre as quais não há divergências”.
Terá sido este um dos assuntos debatidos ontem ao almoço entre o líder do PSD e o Presidente da República. Rui Rio defendeu ainda em Belém que Marcelo Rebelo de Sousa pode ter um “papel muito importante” na aproximação dos partidos.
Horas mais tarde, o Presidente defendia que o tempo de definir convergências “é agora”, considerando que será tarde deixar esse processo para 2019, ano de eleições regionais, europeias e legislativas.
“É agora que temos de pensar, de falar, de juntar esforços, de promover convergências, de definir e tentar fazer vingar objetivos. Não é daqui a meses, em pleno ano eleitoral de 2019, quando já for tarde”, alertou Marcelo. P.S. com LUSA