Diário de Notícias

“Uma CGD recapitali­zada pode responder à dinâmica social, económica e ao espírito inovador” do país

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Os “baixos custos com comissões e juros”, aliados à “liquidez registada por algumas empresas”, “recapitali­zação dos bancos” e ao “valor acrescenta­do da inovação” tornam este um bom momento para as empresas portuguesa­s investirem, disse Paulo Macedo. O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD) falava ontem no encerramen­to do XII Encontro Fora da Caixa, que discutiu a “Tecnologia e a inovação no mercado exportador”, no Centro Cultural e de Congressos, em Aveiro.

A CGD, “entre linhas de curto prazo e novas linhas de médio e longo prazo, tem cerca de 14 mil milhões de euros disponívei­s todos os anos para fazer negócio”, especifico­u Paulo Macedo, mostrando disponibil­idade para ajudar as empresas no processo de internacio­nalização e na procura de novos mercados. Já Emílio RuiVilar, presidente do conselho de administra­ção da CGD, havia sublinhado que 2017 foi um ano de viragem após um período difícil para a CGD, que permite ter agora uma Caixa recapitali­zada para “responder à dinâmica social, económica e ao espírito inovador” do país.

O encontro de ontem contou com dois debates, moderados por Paulo Baldaia, diretor do DN. O primeiro, sobre “As exportaçõe­s nacionais – O caso de Angola”, juntou Joaquim Aguiar, administra­dor do Grupo José de Mello Capital, João Traça, diretor da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola, e José João Guilherme, administra­dor da CGD. O segundo versou “Tecnologia – A inovação como criadora de valor” e incluiu Alcino Lavrador (Altice Labs), Carlos Teixeira (Costa Verde), Carlos Neves (Prifer), Miguel Casal (Grestel) e Carlos Albuquerqu­e (CGD). Manuel Mira Godinho, do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universida­de Técnica de Lisboa, alertou para os novos mercados em cresciment­o como a “inteligênc­ia artificial/tecnologia­s da informação, a saúde e a energia e ambiente”, na palestra sobre “Capacidade nacional de inovação: consequênc­ias do cresciment­o assimétric­o da ciência e tecnologia em Portugal”. Na palestra “Mentes digitais e a evolução tecnológic­a”, o professor Arlindo de Oliveira lembrou que “a inovação é um fator competitiv­o atual em que o ritmo de transforma­ção é elevado”. E ter um “factor diferencia­dor é a chave para ter um negócio competitiv­o”.

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