Alvo de novas sanções, Pyongyang quer dialogar
Presidente da Coreia do Sul sugere conversações entre líderes da Coreia do Norte e EUA. UE reforça sanções
NUCLEAR No dia em que a União Europeia reforçou as sanções contra a Coreia do Norte, o presidente da Coreia do Sul instou os dirigentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte a sentarem-se à mesa para tentarem resolver a crise sobre o programa de armamento do regime comunista.
A declaração do chefe do Estado sul-coreano surge um dia após Pyongyang manifestar abertura para dialogar comWashington. Depois de assistir à cerimónia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno, uma delegação da Coreia do Norte visitou Seul e reuniu-se com autoridades sul-coreanas, incluindo o presidente Moon.
Os norte-coreanos participaram num jantar organizado pelo ministro da Unificação, Cho Myong-gyon. E do lado da ditadura de Kim Jongun surgiu a disponibilidade para conversar com os Estados Unidos. Assim surja “uma oportunidade apropriada”, disse o porta-voz do Ministério da Unificação.
O presidente dos Estados Unidos disse ontem que gostaria de conversar com Pyongyang, mas apenas nas condições certas. Donald Trump, que liderou uma campanha de sanções contra a Coreia do Norte, só aceitará partir para o diálogo se constar na agenda a desnuclearização do regime comunista.
Na sexta-feira, ao pronunciar-se sobre as novas sanções, Trump deixou no ar a hipótese de se entrar numa “segunda fase” que, a realizar-se, seria “muito, muito infeliz para o mundo”. Uma alusão à opção militar, caso Pyongyang continue a não respeitar as resoluções das Nações Unidas.
A aprovação de novas sanções pelo Conselho da União Europeia visa seguir a mais recente resolução do Conselho de Segurança da ONU, no seguimento de mais um teste de um míssil balístico, em dezembro. As restrições acentuam-se a nível petrolífero e comercial. “A UE expressou repetidamente a sua expectativa de que a Coreia do Norte se comprometa a um diálogo credível e significativo orientado para a desnuclearização completa, verificável e irreversível da península da Coreia”, fez saber o conselho, em comunicado. C.A.