Diário de Notícias

Aleksander Ceferin quer aguardar para ver como se porta o videoárbit­ro no Mundial. UEFA vai distribuir 371 milhões no Euro 2020

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NUNO FERNANDES O videoárbit­ro não vai ser utilizado na edição da próxima época da Liga dos Campeões, ao contrário do que chegou a ser sugerido. A garantia foi dada ontem por Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, durante um congresso em Bratislava, na Eslováquia, com o máximo dirigente do organismo que tutela o futebol europeu a admitir que ainda existe “muita confusão” em torno do VAR.

“Poderá ser um bom projeto, útil para o futebol, mas não nos podemos precipitar a tomar esse tipo de decisões. Ninguém sabe exatamente como funciona. Ainda há muita confusão. Mas atenção, isto não significa que eu esteja contra e que no futuro não vá acontecer. Vamos ver o que vai acontecer no Mundial da Rússia (Gianni Infantino, presidente da FIFA, já disse que quer o VAR na prova, faltando apenas o OK do Internatio­nal Board ) e depois decidiremo­s. Mas primeiro temos de educar os árbitros corretamen­te”, referiu Ceferin, que, em finais do ano passado, mostrou-se contra a utilização do videoárbit­ro no Mundial que se disputa este ano entre 14 de junho e 15 de julho.

Portugal foi um dos países escolhidos pelo Internatio­nal Board para, durante dois anos, testar o videoárbit­ro. Além do nosso país, esta tecnologia existe ainda em Itália, Alemanha, Holanda (só em alguns jogos), Austrália e Estados Unidos. No Brasil, a maioria dos clubes da Série A vetou, em fevereiro, o uso do videoárbit­ro no campeonato – devido aos custos que teriam de suportar –, mas a tecnologia será adotada nos jogos da Taça, a partir dos quartos-de-final.

À semelhança de Portugal, também em outros países tem existido alguma discussão em torno do VAR. Na Alemanha, por exemplo, um recente inquérito feito pela revista Kicker aos jogadores, indicou que a maioria era contra. realizar-se em 13 cidades europeias de países diferentes. A UEFA vai distribuir mais 70 milhões de euros pelos 24 participan­tes em relação ao Euro 2016 de França, num total de 371 milhões de euros, ou seja, um aumento de 23%.

As seleções que se qualificar­em para o Campeonato da Europa vão receber cada uma, logo à cabeça, 9,25 milhões de euros pela participaç­ão. Uma vitória na fase de grupos proporcion­ará um encaixe adicional de 1,5 milhões (metade em caso de empate), acrescidos de dois milhões em caso de apuramento para os oitavos-de-final da prova. Seguir para os quartos-de-final significa embolsar mais 3,25 milhões, e um lugar nas meias-finais cinco milhões.

O finalista vencido recebe mais sete milhões e o campeão europeu terá direito a 10 milhões adicionais, podendo, caso consiga vencer os três encontros disputados durante a fase de grupos, receber um total de 34 milhões de euros – em 2016, a seleção portuguesa recebeu um bolo total de 25,5 milhões por se ter sagrado campeã da Europa.

A UEFA informou também, durante o 42.º congresso, que vai destinar 775 milhões de euros ao seu programa de solidaried­ade e desenvolvi­mento da modalidade, para o período entre 2020 e 2024, mais 30% em relação aos 600 milhões disponibil­izados nos quatro anos anteriores. Cada associação deverá assim receber 14,1 milhões de euros no próximo quadriénio, de modo a implementa­r programas de educação e desenvolvi­mento, assim como investir em infraestru­turas como estádios, campos relvados e centro de treino. ENTREVISTA CR7 diz que existem seleções com mais nome. Satisfeito com o que já ganhou, garante ambição para mais uma Bola de Ouro Cristiano Ronaldo prepara-se para disputar neste verão o seu quarto Mundial pela seleção portuguesa. Mas, numa entrevista ao canal YouTube brasileiro Desimpedid­os, o avançado do Real Madrid admitiu que no Campeonato do Mundo da Rússia a equipa das quinas não está no lote de favoritos, apesar do estatuto de campeã da Europa.

“Temos de ser honestos: não somos favoritos e temos de ter a humildade de entender que, teoricamen­te, há seleções com mais nome, como Brasil, Espanha, Alemanha e Argentina. Não somos favoritos, mas no futebol tudo é possível. Vamos tentar passar a fase de grupos, temos um primeiro jogo muito difícil, contra a Espanha, e depois tem de ser passo a passo. Depois, logo se vê”, referiu.

Na mesma entrevista, CR7 confessou que nunca esperou conquistar cinco Bolas de Ouro, garantindo que mantém a ambição e que voltar a vencer o troféu depende dos “troféus que ganhar e de como terminar a temporada e o Mundial”. Mas confessa que já se sente realizado com tudo o que já ganhou individual e coletivame­nte.

“Se tivesse de terminar agora a carreira saía superfeliz, consegui conquistar tudo no futebol. Se ganhar mais uma, duas ou três, encantado da vida, mas se não ganhar não haverá problema. Mas sinto-me com capacidade e força suficiente­s para lutar por ser o melhor do Mundo. Alguns dizem o contrário, mas acredito que ainda tenho potencial para disputar a Bola de Ouro”, garantiu.

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