Helena Roseta assume que já anulou votos apenas porque estava impedida de votar contra: “Risquei o boletim todo”
– que a levou a mudar os métodos na Assembleia Municipal de Lisboa, que preside desde 2013, eleita como cabeça-de-lista do PS. Porque, “mudando os métodos, mudam os resultados”, Helena Roseta dinamizou uma mudança de práticas no “parlamento” da capital, fazendo que nos boletins de votos para a eleição de pessoas passasse a ser possível o voto contra. E, segundo conta, não veio daí nenhum mal ao mundo. As votações continuaram a ser feitas como eram feitas antes. Da mudança não resultou qualquer bloqueio.
Roseta faz esta proposta no contexto de um processo de alterações do regimento da Assembleia da República que Ferro Rodrigues quer iniciar. Uma matéria que está em debate é a das votações por bancada, para evitar eventuais votações contrárias por bancada às que se verificam por votos nominais, dado o quórum na sala.
Também foi consensualizado o esforço para que o agendamento de iniciativas legislativas seja feito quando as propostas já deram entrada ou dão entrada durante a conferência de líderes em que sejam agendadas (e assim não se agendem para o plenários diplomas antes de estes verdadeiramente existirem).
Sem consenso permanecem ainda os prazos para os agendamentos potestativos (agendamentos impostos apesar de terem oposição maioritária). JOÃO PEDRO HENRIQUES, com MIGUEL MARUJO