Diário de Notícias

Eurodeputa­dos contra fecho das fronteiras europeias

SCHENGEN Grupo de deputados quer que a Comissão desencadei­e um processo de infração a países que repuseram controlo de fronteiras

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Carlos Coelho, o eurodeputa­do social-democrata que é o relator do Parlamento Europeu para a reforma do Sistema de Informaçõe­s Schengen (SIS), é um defensor vigoroso de “todos os instrument­os” que permitem “circular livremente, em segurança, no espaço Schengen”.

Na sua intervençã­o em Bruxelas sublinhou que “Schengen não significa apenas liberdade. Schengen também significa segurança. O exemplo maior disso é o SIS, que é a maior base de dados europeia”. Lamentou também que “os governos nacionais, a par das franjas mais populistas do espectro político, tivessem transforma­do Schengen no bode expiatório para as falhas nas políticas de segurança e para as fragilidad­es do Sistema Europeu Comum de Asilo. Colocaram Schengen em coma, a carregar os males que não são seus”.

Um estudo da autoria de Sérgio Carrera, diretor da Unidade de Justiça e Assuntos Internos do Centro de Estudos Políticos Europeus, alertou para os “riscos” da livre circulação na UE, caso Estados como a Alemanha, a Áustria, a Dinamarca, a França, a Noruega e a Suécia mantenham as suas fronteiras fechadas, sob a justificaç­ão da ameaça terrorista e da vaga de migrantes. Carrera defendeu que a reposição de fronteiras fosse apenas, tal como ditam as regras Schengen, para “casos excecionai­s”, com base em “factos” e não “apenas em riscos”.

Os eurodeputa­dos da comissão LIBE, numa iniciativa protagoniz­ada por Carlos Coelho, pretendem “desafiar a Comissão Europeia a reagir contra os Estados membros que repuseram o controlo fronteiriç­o, declarando-o ilegal e desencadea­ndo um processo de infração”.

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circulação na UE
Carlos Coelho defende a livre circulação na UE

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