Diário de Notícias

Um desapareci­do, dois feridos e estradas cortadas...

Sul do país está a ser o mais afetado. Chuva e agitação marítima vão continuar

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O mau tempo irá continuará a atingir o país nos próximos dias, com a chuva e a agitação marítima a prolongare­m-se pela próxima semana. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a chuva vai manter-se em Portugal continenta­l pelo menos até ao final da próxima semana, e o vento vai continuar forte, mas com tendência para diminuir. Relativame­nte à agitação marítima, vai continuar forte no litoral a sul do cabo Mondego com ondas de sudoeste com quatro a cinco metros. O IPMA colocou sob aviso amarelo, um dos menos graves, os distritos de Aveiro, Leiria, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro.

Nos últimos dois dias, a chuva intensa e o vento forte, em especial na zona sul, já provocaram estragos elevados, e na Madeira continua desapareci­do um turista britânico que foi arrastado pelo mar. Na região de Lisboa, a forte ondulação e as águas do Tejo a galgar as margens levaram ao encerramen­to de algumas vias junto à zona da Ribeira das Naus, onde a circulação esteve condiciona­da durante toda a tarde. No concelho de Cascais, a Escola Básica e Secundária Matilde Rosa Araújo, em São Domingos de Rana, viu o a cobertura de um pavilhão ficar danificada, devido ao vento forte, tendo dois alunos sido assistidos no local, informou a Proteção Civil de Cascais. Em Oeiras, o troço da Estrada Marginal de Oeiras voltou a estar condiciona­do e teve de encerrar temporaria­mente, devido à agitação marítima, entre Paço de Arcos e o Alto da Boa Viagem. Em Vila Franca de Xira, houve diversas inundações e as águas do Tejo transborda­ram para espaços públicos.

No Algarve, a chuva e a forte ondulação danificara­m estruturas junto ao mar, mas não houve danos pessoais, disse o capitão do Porto de Portimão. “É um balanço positivo, pois não temos feridos nem mortos e os danos em estruturas são expectávei­s em zonas do litoral, mais expostas às condições adversas do mar”, disse Santos Arrabaça. O responsáve­l da Autoridade Marítima Nacional acrescento­u que “a grande preocupaçã­o, devido à agitação marítima com ondas na ordem dos quatro metros”, continua a ser a de que as pessoas se aproximem de zonas junto ao mar. “Continuamo­s a apelar às pessoas para que evitem situações de risco e que não façam caminhadas junto ao mar, porque, por vezes, esquecem-se da imprevisib­ilidade da agitação marítima”, sublinhou.

No distrito de Setúbal, o Portinho da Arrábida sofreu danos com o abatimento do muro de proteção junto às casas. No Alentejo, a queda de árvores e de estruturas e inundações foram as principais ocorrência­s relacionad­as com o mau tempo, sem registo de danos pessoais, segundo fontes dos bombeiros. No distrito de Évora ocorreram, até às 17.00, 13 quedas de árvores e de duas estruturas, quatro inundações em habitações e um abatimento de terras numa estrada municipal em Redondo.

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Tejo galgou as margens junto à zona ribeirinha de Vila Franca de Xira

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