Desqualificação inédita afastou o favorito n.º 1 dos 400 metros
Insólito aconteceu nos Mundiais todos os atletas da mesma série acabaram desqualificados. Hoje, há Arnaudov e Évora
ATLETISMO Uma desqualificação? É comum. Duas? Pode acontecer. Três ou quatro? É insólito. Agora cinco é algo inédito. Pela primeira vez, todos os participantes de uma mesma série de uma prova de Mundiais de atletismo – seja indoor ou de ar livre – foram desqualificados. Aconteceu em Birmingham 2018, ontem de manhã, e deixou fora de prova o favorito n.º 1 dos 400 metros, Bralon Taplin (de Granada).
O grenadino, detentor da melhor marca mundial do ano (44,88 segundos, com uma vantagem considerável sobre a concorrência), foi a vítima mais sonante do episódio que ensombrou o segundo dia dos Mundiais de pista coberta. Taplin foi desqualificado junto com Steven Gayle (Jamaica), Austris Karpinskis (Letónia) e Alonzo Russell (Bahamas), depois da realização da 3.ª série das eliminatórias dos 400 m, por terem passado fora das suas pistas, quando isso não era permitido. Antes já o bareinita Abdalelah Haroun, medalha de prata nos Mundiais indoor de 2016, tinha sido excluído devido a uma falsa partida.
O inédito episódio levou a que fossem repescados mais dois atletas das outras quatro séries das eliminatórias dos 400 metros (para ocupar as vagas dos dois primeiros da 3.ª série, que teriam apuramento direto). E, com Taplin e Haroun de fora, tornou mais imprevisível o desfecho final de hoje (20:20) – o espanhol Óscar Husillos fez o melhor tempo das semifinais, batendo o recorde nacional do país vizinho (45,69).