Diário de Notícias

A China conheceu três transições pacíficas de liderança desde a morte de Deng Xiaoping até à chegada ao poder de Xi Jinping

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e dos respetivos grupos de apoio. Com a mudança que os cerca de três mil eleitos da ANP irão aprovar, Xi fica com o caminho aberto para permanecer o tempo que quiser na liderança do país. A questão em aberto é se Xi continuará a acumular os três cargos centrais na estrutura do poder na China ou haverá, mesmo que de forma gradual, uma dissociaçã­o da sua pessoa de alguns destes postos políticos. Por exemplo, se a continuaçã­o na presidênci­a não estaria automatica­mente associada à permanênci­a no cargo de secretário-geral. “O que já sucedeu no passado com a transição de poderes entre Jiang Zenin e Hu Jintao, com o primeiro a manter por mais dois anos a presidênci­a da Comissão Militar Central.”

Além desta questão, a ANP, que estará reunida duas semanas, irá concentrar-se sobre decisões económicas. Segundo a propaganda oficial, o objetivo é tornar o país “modestamen­te próspero” dentro de dois anos e um “poder importante”, no plano internacio­nal, em 2050 – ou seja, dentro de três décadas. A expectativ­a é que o primeiro-ministro Li Keqiang anuncie um cresciment­o de 6,5% para este ano, valor idêntico ao verificado em 2017, assinalava recentemen­te a Reuters.

No curso da reunião será anunciada a composição do novo governo, o nome do novo diretor do banco central e a reorganiza­ção de certos organismos centrais e também ao nível das regiões.

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