Diário de Notícias

8 DE MARÇO MENSAGENS DAS 21 EMBAIXADOR­AS EM PORTUGAL SOBRE OS DIREITOS DAS MULHERES

Mensagens. Do Paraguai às Filipinas, passando pela África do Sul ou pela Suécia, as 21 embaixador­as residentes em Portugal escrevem sobre os direitos das mulheres nos seus países e o que está a ser feito em nome da igualdade

- SUSANA SALVADOR

“Diplomacia” é um substantiv­o feminino, mas o número de mulheres que representa­m os seus países no exterior é muito inferior ao de homens. Dos 77 embaixador­es residentes em Portugal, só 21 são do sexo feminino. Fazem parte da Associação de Mulheres Embaixador­as (AWA, na sigla em inglês), criada em 2015 para promover o interesse das jovens na carreira diplomátic­a, cujas portas só foram abertas em Portugal a partir do 25 de Abril de 1974. Das 80 embaixadas portuguesa­s no estrangeir­o, só 13 são lideradas por mulheres.

“Do ponto de vista da diplomacia não há diferenças entre homens e mulheres, porque todos temos as mesmas capacidade­s, a mesma formação”, conta ao DN a embaixador­a da Colômbia em Lisboa, Carmenza Jaramillo, presidente da AWA desde 2017. “Mas do ponto de vista familiar é muito mais fácil para um homem diplomata do que para uma mulher”, acrescenta, falando da necessidad­e de conjugar a sua carreira com a do marido e de pensar nos filhos quando chega a oportunida­de de representa­r o país no exterior.

A AWA, apoiada pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, organizou a sua primeira conferênci­a em outubro de 2016, precisamen­te sobre “Mulheres na diplomacia”. No ano passado, em julho, o tema foi “Mulheres na liderança”. A próxima conferênci­a já está marcada para 30 de maio, na Universida­de Nova de Lisboa. Será dedicada à transforma­ção digital e como esta ajudou ou pode ajudar as mulheres em todo o mundo.

Apesar de o número de mulheres diplomatas ainda ser inferior ao de homens na mesma profissão, não é preciso ser mulher para promover uma política externa feminista. O conceito foi introduzid­o em outubro de 2014 pela ministra dos Negócios Estrangeir­os da Suécia, MargotWall­ström – uma de 31 mulheres à frente da diplomacia (num total de 195 países). Uma política externa feminista significa, por exemplo, lançar esforços para educar as mulheres na Arábia Saudita e no Irão para aumentar o seu poder económico, trabalhar para acabar com a mutilação genital feminina ou financiar projetos na área da saúde sexual e reprodutiv­a.

Antes de chegar a Portugal, Carmenza Jaramillo foi embaixador­a da Colômbia na Índia e na China. “Nunca senti discrimina­ção. Antes estive na China e é certo que lá os homens se sentem melhor com os homens, mas nunca me discrimina­ram”, explica. “Eu represento um país e sou reconhecid­a como tal, não importa o facto de ser mulher”, acrescenta. O único momento em que sentiu que era tratada de forma diferente foi quando, ainda na década de 1990, estava na Índia e viajou com uma delegação de outras embaixador­as junto à fronteira com o Paquistão. “Ali sim falavam connosco através de outro homem”, conta. “Mas quando se deram conta de quem éramos, que representá­vamos outros países, isso mudou. Contra a vontade deles, certamente que sim, não queriam que isso acontecess­e, mas respeitara­m-nos”, diz. Portuguesa­s lá fora Madalena Fischer é a embaixador­a de Portugal no Cairo, uma das 13 mulheres que atualmente representa­m o nosso país lá fora. “Se olharmos, ainda somos poucas em relação ao conjunto [80 embaixadas], mas eu diria que seremos cada vez mais, porque há um crescendo de mulheres nos últimos anos a ascender ao topo da carreira. É uma questão de tempo”, diz ao DN numa conversa telefónica.

Não é a primeira vez que está destacada num país muçulmano, já esteve no mais conservado­r Paquistão, mas conta que em nenhum momento sentiu dificuldad­es de contacto ou menor abertura por ser mulher. “Estes países também sabem distinguir muito bem as situações e antes de mais sou representa­nte de um país, nós somos a cara de outro país, e é nesses termos que nos veem e foi sempre de uma forma muito profission­al que me senti tratada”, relata. “Acresce aqui que o facto de ser portuguesa suscita também um grande capital de simpatia”, conta.

Falando numa sociedade multicultu­ral que mostra “sinais positivos de abertura”, apesar das discrepânc­ias ainda entre o ambiente urbano e o rural, a embaixador­a Madalena Fischer acredita que é muito solicitada para falar nos media porque existe “uma grande vontade de dar mais atenção às mulheres e incentivá-las a participar mais no mercado de trabalho, a ter uma maior participaç­ão política”. Atualmente há seis mulheres ministras no Egito e 90 deputadas. “Em termos políticos há vontade de dar um sinal de que o desenvolvi­mento do país tem de passar por uma maior participaç­ão das mulheres e das raparigas”, refere.

1. Fatiha Selmane

ARGÉLIA Os direitos das mulheres na Argélia registaram um avanço consideráv­el após a independên­cia do país, graças à consagraçã­o pela Constituiç­ão da igualdade de direitos entre homens e mulheres, à igualdade de salários para o mesmo emprego e, sobretudo, a uma política educativa baseada na escolarida­de em massa das raparigas, permitindo-lhes assim o acesso a todos os domínios da vida política, económica e cultural. Assim, quer seja no governo, no Parlamento, na diplomacia, nas forças armadas, as mulheres estão presentes, sendo a maioria na saúde, na educação e an justiça. Mérito, em particular, do presidente da República atual, Abdelaziz Bouteflika, que esteve na vanguarda da paridade entre homens e mulheres lutando para que a mulher argelina tivesse um papel prepondera­nte na vida do país e garantindo, nomeadamen­te, a adoção de medidas jurídicas destinadas a proteger as mulheres de todo o tipo de violência.

2. Saloua Bahri

TUNÍSIA A igualdade de género não é só um direito fundamenta­l, mas um alicerce necessário para um mundo pacífico, próspero e sustentáve­l. A Tunísia, que tem leis muito progressis­tas a favor das mulheres, garantidas no Código

Transforma­ção digital é o tema da próxima conferênci­a da Associação de Mulheres Embaixador­as, a 30 de maio

do Estatuto Pessoal de 1956 e na nova Constituiç­ão de 27 de janeiro de 2014, prossegue o caminho no reforço e na garantia da igualdade de oportunida­des entre mulheres e homens em todos os domínios. As mulheres tunisinas, que contribuír­am para o desenvolvi­mento e a modernizaç­ão do país, continuam a ter um papel ativo e uma participaç­ão dinâmica na consolidaç­ão do processo democrátic­o.

Maria da Paixão Costa*

REP. DEM. TIMOR-LESTE A mulher timorense teve um papel muito importante na luta pela independên­cia de Timor-Leste, esteve na guerrilha, na clandestin­idade ao lado dos seus compatriot­as. Fazemos referência à guerrilhei­ra Maria Tapó, que deu a vida na luta pela autodeterm­inação do seu país. Atualmente o nosso governo tem a preocupaçã­o de melhorar a situação da mulher, de modo que tenha as mesmas oportunida­des que o homem para contribuir para o desenvolvi­mento do país. Nesta ocasião do Dia Internacio­nal da Mulher, devemos procurar construir um mundo melhor, onde homens e mulheres vivem de forma harmoniosa, livre de violência e discrimina­ção.

3. Kirsty Hayes

REINO UNIDO O ministro Boris Johnson está profundame­nte empenhado na igualdade de género. A melhor forma de estabiliza­rmos e reduzirmos conflitos é garantindo que todas as raparigas têm acesso a 12 anos de educação e formação de qualidade. Se todas as mulheres concluírem o ensino secundário, a mortalidad­e infantil reduz-se para metade, salvando três milhões de vidas por ano. Doze milhões de crianças não sofreriam de subnutriçã­o. Educação gera desenvolvi­mento, progresso, prosperida­de, estabilida­de e um mundo livre de conflito. Durante demasiado tempo, mulheres e raparigas viram-se privadas desse direito. Isso tem de acabar. Até 2020, vamos ajudar 6,5 milhões de raparigas a conseguir uma educação decente.

4. Klara Breuer

HUNGRIA Na Hungria, desde 2010, os programas governamen­tais e as medidas legislativ­as têm vindo a dar um contributo particular­mente significat­ivo para que as mulheres não precisem de escolher entre a vida familiar e profission­al. Estas medidas favoráveis à família garantem a possibilid­ade de as mulheres progredire­m na vida, melhorando, ao mesmo tempo, os indicadore­s demográfic­os e a competitiv­idade do país. No Dia da Mulher, faço votos para que as mulheres de todas as partes do mundo possam gozar os mesmos direitos e liberdades que nós na Europa. Vilma Hugonnay (1847-1922), a primeira médica húngara disse: a minha espada é a ciência, o meu escudo é o trabalho. Feliz Dia Internacio­nal da Mulher!

Ilka Varela de Barés*

PANAMÁ No Dia Internacio­nal da Mulher, felicito todas as mulheres portuguesa­s em nome do governo e do povo do Panamá. No meu país, demos um grande passo na procura da igualdade de oportunida­des entre homens e mulheres, fortalecen­do as políticas de empoderame­nto das mulheres, promovendo a redução das disparidad­es de género no local de trabalho e fortalecen­do as instituiçõ­es nacionais para a consecução do Objetivo de Desenvolvi­mento Sustentáve­l Número 5.

5. Ekaterini Simopoulou

GRÉCIA Hoje celebra-se o Dia Internacio­nal da Mulher, na verdade não há um único dia do ano que não seja em homenagem das mulheres. Verifica-se, diariament­e, que as mulheres do século XXI são particular­mente afetadas pela crise económica, precisam de lutar todos os dias pela igualdade de direitos e por uma igual participaç­ão no mercado de trabalho, pela participaç­ão na política e na tomada de decisões, reivindica­m diariament­e uma vida sem violência. A igualdade de género constitui um princípio universal estipulado nos Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l da ONU, nas declaraçõe­s e nos textos oficiais da União Europeia e das outras organizaçõ­es internacio­nais.

6. Orla Tunney

IRLANDA Há cem anos que as mulheres irlandesas podem votar e candidatar-se a eleições – a primeira deputada foi eleita em 1918. A Irlanda já elegeu duas mulheres presidente­s. A legislação sobre igualdade de remuneraçã­o foi introduzid­a em 1974. Hoje, mais mulheres do que homens têm licenciatu­ras – 55,1% das mulheres irlandesas entre os 25 e 34 anos têm formação superior. O progresso económico das mulheres na Irlanda foi alcançado com uma das maiores taxas de fertilidad­e da UE (1,92 por mulher). A recém-criada Comissão sobre o Estatuto da Mulher deverá apresentar neste ano um relatório sobre barreiras de género ainda existentes na sociedade irlandesa. * As embaixador­as são apresentad­as por ordem de antiguidad­e na função. Maria da Paixão Costa e Ilka Varela de Barés não aparecem na fotografia.

7. Inna Ohnivets

UCRÂNIA “Apóstolo do amor misericord­ioso e da fé” e “verdadeira heroína” é assim descrita a mulher ucraniana nas palavras do Papa Francisco, proferidas no seu encontro com a comunidade ucraniana a 28 de janeiro deste ano na Catedral de Santa Sofia em Roma. Estas palavras refletem da melhor maneira o papel distinto que a mulher ucraniana tem desempenha­do no seio da família ucraniana. Hoje, o papel da mulher nas questões do Estado tem crescido constantem­ente, não por mero acidente mas porque, historicam­ente, a mulher sempre desempenho­u um papel de liderança, ganhando ainda mais importânci­a desde a Revolução da Dignidade. Atualmente, as ucranianas têm transforma­do a Ucrânia num país próspero.

8. Brigida Scaffo

URUGUAI O Uruguai é um Estado laico, com uma forte matriz de direitos sociais, com níveis de desenvolvi­mento e igualdade altos para a América Latina. As mulheres têm melhores resultados académicos: maior quantidade de anos acumulados na educação, maiores taxas de assistênci­a e permanênci­a no sistema educativo e na percentage­m de finalizaçã­o no ensino secundário e universitá­rio. Este facto está presente em todos os estratos socioeconó­micos, sem importar a região do país, a estrutura familiar ou a instituiçã­o educativa. A lei promove a participaç­ão das mulheres na política, no entanto existem baixos níveis de participaç­ão feminina em cargos de alta decisão, particular­mente na representa­ção parlamenta­r e nos órgãos de condução dos partidos políticos.

9. Nandini Singla

ÍNDIA Nas legislativ­as de 2019, a Índia terá sensivelme­nte mais 63 milhões de novas eleitoras. Com a mulher a desempenha­r um papel cada vez mais importante, muito está a ser feito para melhor a integrar na história de sucesso da Índia: esquemas centrados na segurança e na educação da rapariga; apoio financeiro na educação e no casamento; microfinan­ciamento no empreended­orismo; seguros e pensões. A Índia acredita firmemente na capacitaçã­o da mulher, oferecendo-lhe uma vida digna com oportunida­des, pondo fim à discrimina­ção e à injustiça contra as mulheres, nomeadamen­te fornecendo assistênci­a, jurídico e acompanham­ento psicológic­o a vítimas de violência e abuso.

10. Carmenza Jaramillo

COLÔMBIA A mulher colombiana, igual a qualquer outra do mundo, não ocupa um lugar distante na sociedade que a acolhe. As citadinas vivem em situações diversas e adversas, já as camponesas debatem-se com o que a terra diariament­e lhes brinda. Falar da mulher colombiana é falar de um ser com carácter, perseveran­ça, resistênci­a e valentia, caracterís­ticas que lhe têm permitido obter um papel importante e de valor na construção de um país onde a sua contribuiç­ão tem sido fundamenta­l para a sociedade pois tem assumido uma posição primordial na luta pelos seus direitos e da nação, no mundo. Essa mulher está e vai estar sempre presente em todas as transforma­ções da história da Colômbia.

11. Ioana Bivolaru

ROMÉNIA 8 de março é ocasião para refletir sobre o progresso do movimento pelos direitos das mulheres mas também um apelo à ação de combate à discrimina­ção e violência que ainda existem. Graças às combatente­s aos preconceit­os e à discrimina­ção, hoje uma mulher é primeira-ministra da Roménia, a Câmara de Bucareste tem uma mulher presidente e o país tem 19 embaixador­as. Entre as 60 mulheres que mudaram o mundo, seis são romenas: Ana Aslan, inventora do tratamento Gerovital-H3; Elisa-Leonida Zamfirescu, primeira engenheira; Sofia Ionescu-Ogrezeanu, primeira neurocirur­gião; Sarmiza Bilcescu, priaconsel­hamento meira doutorada em Direito; Smaranda Brãescu, primeira piloto europeia nos EUA; Nadia Comaneci, primeira ginasta do Perfect 10.

12. Tarja Laitiainen

FINLÂNDIA As mulheres finlandesa­s desempenha­m um papel muito forte na sociedade, a nível económico, político e social. Construímo­s a nossa nação, lado a lado com os homens. Na sociedade agrária do século XIX, as mulheres laboravam nos campos e nas vacarias, além de cuidarem da casa e da família. A industrial­ização fez que as mulheres preenchess­em postos de trabalho na maioria das fábricas. Participar­am igualmente de forma ativa nos movimentos dos trabalhado­res e nos partidos políticos. Em 1907 foram eleitas as primeiras 19 deputadas do mundo, o que fez que representa­ssem quase 20% dos deputados finlandese­s. Atualmente ultrapassa­m os 40%. Chegámos longe, mas ainda existe espaço para melhorias.

13. Mmamokwena Gaoretelel­we

ÁFRICA DO SUL A equidade, a paridade e a igualdade são os fatores que mais contribuem para a esperança de uma sociedade civilizada. Desde a instauraçã­o da democracia, o papel das mulheres na política e no governo progrediu apenas porque o governo sul-africano procurou estabelece­r padrões e medidas rigorosas para assegurar que as mulheres assumissem posições de liderança em todos os setores da sociedade. Por exemplo, a representa­ção das mulheres subiu de 2,7% para 41% na Assembleia

O Ministério das Relações Internacio­nais e Cooperação também está a seguir este bom exemplo, dando uma grande prioridade à nomeação de mulheres embaixador­as para liderar a nossa política externa no estrangeir­o.

14. Celia Anna M. Feria

FILIPINAS A mulher filipina é pioneira no gozo da igualdade na sociedade. Estas são três das mulheres filipinas que quebraram os estereótip­os masculinos no governo e transborda­ram para outros campos: Leticia Ramos-Shahani, diplomata filipina que, em 1973, esboçou o projeto da CEDAW, considerad­a agora a Declaração de Direitos Internacio­nais das Mulheres. Corazón Aquino e Gloria Macapagal-Arroyo, duas mulheres presidente­s que lideraram a nossa nação durante 16 anos. Focada na família, trabalhado­ra e forte, a mulher filipina é a mãe que alimenta o seu filho, que trabalha para criar um futuro melhor para a sua nação e para a humanidade.

15. Maritza Puertas de Rodríguez

PERU Hoje, 8 de março, Dia Internacio­nal da Mulher, uno-me às vozes do mundo, comemorand­o este dia. No Peru, a mulher trabalhado­ra representa 45,8% da população economicam­ente ativa, e a sua presença aumenta a cada dia, prova disso é a composição do atual governo, que conta com sete mulheres ministras, incluindo a ministra dos Negócios Estrangeir­os. Às mulheres portuguesa­s, o meu reconhecim­ento pelo seu trabalho diário, pela sua dedicação à família, assim como pelo seu valioso contributo económico, social e cultural ao país.

16. Ngozi Ukaeje

NIGÉRIA As mulheres nigerianas em Portugal juntam-se às outras mulheres em todo o mundo para celebrar o Dia Internacio­nal da Mulher 2018, com o tema “A altura é agora: ativistas rurais e urbanos que transforma­m a vida das mulheres”. Este dia especial tem vindo a ser comemorado através de trinta e seis estados do Território da Capital da Federação, Abuja, Nigéria. Ao longo dos anos, as mulheres nigerianas têm vindo a contribuir significat­ivamente para o desenvolvi­mento político, social e económico da sociedaNac­ional. de, mas ainda existem algumas barreiras estruturai­s que restringem as mulheres no poder e a tomada de decisão, bem como a participaç­ão política. As políticas do governo têm vindo a ser revistas com estratégia­s avançadas para enfrentar a situação.

17. Mercedes Martínez Valdés

CUBA Neste 8 de março, as mulheres cubanas têm muito que celebrar: uma esperança de vida superior a 80 anos, uma taxa de mortalidad­e materna entre as mais baixas do mundo e o facto de constituir 53,22% da atual candidatur­a ao Parlamento cubano, o que fará de Cuba o segundo país a nível mundial com maior representa­ção feminina no legislativ­o, entre outros sucessos. Ainda temos muito a fazer. O empoderame­nto das mulheres como agentes de mudança e a eliminação da discrimina­ção de género em todas as suas expressões são metas alcançávei­s se houver vontade política, como a do nosso governo.

18. Helena Pilsas Ahlin

SUÉCIA Os países nórdicos têm a menor disparidad­e de género no mundo. A Suécia tem um governo feminista que segue uma política externa feminista. Metade dos membros do governo e quase metade dos membros do Parlamento sueco são mulheres. A grande maioria das mulheres está no mercado de trabalho. Graças à licença parental assegurada e a creches acessíveis é possível combinar a vida familiar e a carreira. No entanto há desafios que permanecem. O movimento #metoo teve um impacto muito forte na Suécia, revelando claramente que existe ainda trabalho a ser feito.

19. Maria José Argaña Mateu

PARAGUAI Nascida no coração da América do Sul, a mulher paraguaia é corajosa e heroica porque teve a tarefa de reconstrui­r o Paraguai após a Guerra da Tríplice Aliança (1865-1870), em que quase 90% dos homens perderam a vida. Assim, a mulher paraguaia assumiu tarefas que, na época, eram destinadas aos homens, tornando-as ousadas, determinad­as e muito trabalhado­ras. Neste contexto, o Papa Francisco enfatiza que "em toda a América, a mulher paraguaia é a mulher mais gloriosa […] porque soube assumir um país derrotado […] e levou adiante a pátria, a língua (guarani) e a fé".

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Reuniram-se para a foto nos Jerónimos 19 das 21 embaixador­as estrangeir­as. E a elas juntaram-se duas portuguesa­s
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