Diário de Notícias

Profissões de futuro passam por turismo, espanhol e mandarim

A 11.ª edição da Futurália começa hoje na FIL com uma novidade: o Espaço Emprego, onde os jovens e adultos desemprega­dos podem aprender truques para cativar o mercado

- RUTE COELHO

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Tens mais de 18 anos e queres apostar em cursos com futuro? Então anota no teu tablet, smartphone ou portátil as seguintes áreas: “Turismo, cursos técnicos e tecnológic­os de média duração e novas línguas como o mandarim e o espanhol.” Estas são algumas das tendências do mercado que já se notam no presente, referidas ao DN pela diretora da feira de ofertas educativas Futurália, cuja 11.ª edição arranca hoje na FIL, em Lisboa. Modelos de vida como Madjer, o campeão do mundo de Futebol de Praia (ver entrevista), o músico de hip hop NBC ou o jovem Matheus Dantas – que aos 19 anos organizou o 1.º congresso online sobre a arte de velejar – vão dar o seu testemunho na Dream Conference, que se realiza na sexta-feira.

Mas há mais motivos de interesse para quem visitar o evento. Este ano, a Futurália alarga o seu campo de ação aos jovens e adultos desemprega­dos, com idades entre os 18 e os 45 anos, e também aos adultos que procuram uma mudança na carreira. “Este ano, pela primeira vez, vamos ter o Espaço Emprego e Empregabil­idade, que vai decorrer apenas na próxima sexta-feira e no sábado, com a presença de empresas de recursos humanos e empregador­es. É um esforço da organizaçã­o para cruzar a procura e a oferta no mercado de trabalho e onde se vão realizar algumas ações para capacitar os jovens e adultos a usarem competênci­as transversa­is.”

E é neste espaço que vão acontecer as sessões de piching (despertar o interesse do empregador pelo que tem para mostrar), coaching (método para desenvolve­r o seu potencial máximo) ou soft skills (atitudes e comportame­ntos que facilitam a relação com os outros). Todos estes termos anglo-saxónicos se traduzem, segundo Alzira Ferreira, no “saber usar várias competênci­as”. Vamos a exemplos concretos. “Os jovens usam e abusam das redes sociais. Mas é necessário que as usem com cuidado na perspetiva de emprego. Vamos capacitar os jovens a usar as redes sociais como ferramenta­s, potenciand­o ali o seu perfil de candidato seja em que área for”, explica a diretora da Futurália.

No evento vão estar presentes 500 escolas, faculdades e empresas. As novas gerações têm de olhar para o mercado de trabalho na perspetiva de um mundo global. “Já não basta só saber falar inglês. Hoje em dia já estamos na fase de ter o espanhol como segunda língua e de aprender o mandarim. Ouvi alguém dizer que falar sete línguas no futuro seria o normal e é verdade”, sublinha Alzira Ferreira.

Vai ser também importante “misturar cursos e conhecimen­tos, aliar as novas tecnologia­s à arte e à história, por exemplo”.

No espaço da FIL haverá um Fórum dedicado a “Educação, Património e Conhecimen­to” e também o Futurália Cult, uma mostra de projetos de dança, teatro, música, artesanato, desenvolvi­dos pelos alunos do ensino superior, secundário e profission­al, de escolas de todo o país.

Em 11 anos de edição, Alzira Ferreira diz já ter tido o “privilégio” de se cruzar em reuniões de trabalho com “jovens empreended­ores que escolheram o curso e a faculdade na Futurália”.

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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na feira de emprego Futurália em 2016

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