Cinco milhões de casas com fibra ótica até ao final do ano
Meta de chegar a 5,3 milhões de casas em 2020 mais perto e Altice Labs vai chegar este ano à Madeira, a Olhão e não só
ESTRATÉGIA Em 2015 a Altice anunciou a colocação de fibra ótica em 5,3 milhões de casas até 2020. Faltam dois anos e o CEO da Altice Portugal garante estar “à frente do plano inicial, já com 4,2 milhões de casas com fibra ótica, e terminaremos o ano bastante próximo dos 5 milhões”. Alexandre Fonseca acredita que Portugal vai estar “no top 3 dos países europeus em termos de cobertura de fibra ótica face à população total”.
A fibra ótica está disseminada, incluindo em zonas do interior do país, como a serra da Estrela, cumprindo o objetivo de coesão territorial mas cujo racional meramente económico é discutível. “Não podemos esquecer que um operador como a Altice Portugal, com a herança histórica que tem da PT, tem de considerar diversos parâmetros no seu plano de investimento, e um dele é de responsabilidade social.” O racional está “em podermos dotar Portugal de infraestruturas de ponta de norte a sul, incluindo o interior, e com isso dinamizar a economia nacional e a partir daí podermos crescer na relevância que as tecnologias de informação têm na vida das pessoas”. Americanos com tecnologia lusa Os Altice Labs fazem parte da estratégia e são uma aposta para continuar. “A partir de Aveiro temos o nosso quartel-general para o desenvolvimento de tudo o que tem que ver com tecnologia de telecomunicações e sistemas de informação para o mundo Altice, mas não só”, conta o gestor. Hoje, o Altice Labs de Aveiro exporta para 35 países em quatro continentes, desde a Índia à Rússia, o Brasil e depois toda a geografia em que a Altice está presente: Estados Unidos, França, Israel, República Dominicana. “Tocamos 250 milhões de pessoas com tecnologia que tem como ponto comum o ser made in Portugal.” Os 700 engenheiros que trabalham a partir de Aveiro desenvolvem tecnologia na área do hardware, software e serviços na área tecnológica. “Nos EUA, onde vamos fazer a cobertura com fibra ótica dos vários estados americanos, tudo, com a exceção do cabo de fibra ótica que é produzido por fábricas internacionais, é produzido, inventado e desenhado em Portugal, e isso é único.” Não só nos Estados Unidos mas também em França e na República Dominicana trabalham engenheiros portugueses.
O trabalho que a Altice Labs tem vindo a fazer “mostra que a engenharia portuguesa e o capital intelectual português é do melhor que há no mundo e é isso que nos leva a continuar a investir”, explica. Avança que “na Ribeira Brava, na Madeira, vamos abrir o segundo laboratório Altice Labs colaborativo e o terceiro é em Olhão”. E não fica por aqui. “Em 2018, com toda a certeza, teremos ainda mais polos destes descentralizados, porque o projeto é um sucesso dentro e fora de Portugal.”
Por cá, a descentralização dos Altice Labs é uma aposta. “A partir de Aveiro entendemos que teríamos capacidade de levar este projeto a outros cantos do país e começámos por Viseu, com um protocolo com a Câmara Municipal de Viseu. Seguiu-se a Região Autónoma da Madeira, onde temos também já projetos icónicos, e o caso do Porto Santo que tem 100% fibra, ou seja, todas as casas da ilha estão cobertas com fibra ótica da Altice. Decidimos também apoiar o projeto BravaValley, na Ribeira Brava, onde também temos fibra ótica em todo o concelho.”
A ambição para o 5 G