Diário de Notícias

As “surpresas” China, Turquia e Brasil

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Oritmo mais elevado de cresciment­o desde 2011 poderá acontecer em 2018 e 2019. Uma boa notícia para todos os países, já que a previsão é da Organizaçã­o para a Cooperação e Desenvolvi­mento Económico (OCDE) e refere-se à economia global. O otimismo reina na instituiçã­o que estima que a economia global cresça 3,9% em 2018 e 2019. No Economic Outlook, a atualizaçã­o intercalar das previsões económicas, divulgada ainda ontem, a OCDE diz que “a economia mundial vai continuar a fortalecer-se nos próximos dois anos, com o cresciment­o do produto interno bruto (PIB) global a alcançar quase 4% em 2018 e 2019”. A instituiçã­o refere que um investimen­to mais forte, uma recuperaçã­o no comércio global e mais emprego estão a tornar a “recuperaçã­o cada vez mais ampla”.

Em resposta à política comercial de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que na quinta-feira anunciou que iria impor, dentro de dias, taxas de 10% e 25% sobre a importação de alumínio e de aço, respetivam­ente, a conceituad­a organizaçã­o sublinha e defende que salvaguard­ar as regras que sustentam o sistema de comércio internacio­nal “vai ajudar a suportar o cresciment­o económico e de empregos”, afirmando que os governos devem evitar o agravament­o e depender de “soluções globais” na indústria de aço. Recados bem explícitos a Mr. Trump!

E afinal quem se destaca entre as economias que mais crescem? As chamadas “surpresas de cresciment­o” previstas para este ano estão na zona euro (que deverá crescer 2,3%), mas também na China (6,7%), na Turquia (5,3%) e no Brasil (2,2%). Boas notícias para os mercados com os quais Portugal se relaciona e alguns destinos até falam a mesma língua da economia. Noutros países, como o México e a África do Sul , mas também os Estados Unidos, a Alemanha e a França, a instituiçã­o projeta que o cresciment­o seja significat­ivamente mais robusto que o antecipado antes. Ou seja, segue as tendência das revisões em alta.

Como se explicam cresciment­os em mercados maduros como a Alemanha e os Estados Unidos? Segundo a instituiçã­o, que é liderada por Ángel Gurría, as novas reduções de impostos e aumento de despesa nos Estados Unidos dão uma forte ajuda para que justifique uma revisão em alta e os estímulos fiscais adicionais na Alemanha são “fatores-chave” que justificam números mais positivos para o país de Angela Merkel.Valerá a pena tomar nota do que fazem os outros para que também nós, em Portugal, possamos aprender a crescer mais. Como está não chega.

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ROSÁLIA AMORIM DIRETORA DO DINHEIRO VIVO

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