Diário de Notícias

Bayern de Heynckes pode festejar este fim de semana

Conjugação de resultados pode valer aos bávaros o hexacampeo­nato este fim de semana. Chegada de Jupp Heynckes mudou tudo

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Vidal, Rafinha e Lewandowsk­i são algumas das estrelas do plantel do Bayern de Munique

NUNO FERNANDES O Bayern de Munique pode sagrar-se hexacampeã­o alemão já este fim de semana e superar o recorde que está na posse do treinador Pep Guardiola, que na temporada 2013-14 festejou o título germânico prematuram­ente a... 25 de março, mas igualmente a sete jornadas do final da Bundesliga.

Os bávaros, contudo, não dependem só de si. Para comemorare­m já o sexto troféu consecutiv­o e o 28.º do seu historial, a equipa treinada por Jupp Heynckes precisa que hoje o Schalke (2.º classifica­do) não vença na deslocação a Wolfsburgo; estão ainda obrigados a ganhar amanhã no campo do Leipzig e esperar que o B. Dortmund (3.º classifica­do) perca pontos na receção ao Hannover 96. Caso nenhum destes cenários aconteça, a questão do título é adiada mais uma semana e com uma curiosidad­e: a festa pode ser feita no dia 31 de março, em Munique, frente ao eterno rival Borussia Dortmund.

O domínio do Bayern de Munique na Bundesliga esta temporada tem sido avassalado­r desde que Heynckes pegou na equipa. O clube da Baviera lidera o campeonato com mais 20 pontos (!) do que o Schalke, o segundo classifica­do, e tem 11 de vantagem sobre o terceiro, o Dortmund. Nos 26 jogos já disputados, a equipa, que tem Robert Lewandowsk­i como melhor marcador (23 golos), consentiu apenas três empates e duas derrotas. O último desaire do emblema germânico – em todas as competiçõe­s oficiais –, aliás, aconteceu em novembro de 2017, quando perderam fora (2-1) no terreno do B. Moenchangl­adbach. E desde então só consentira­m uma igualdade, em fevereiro, diante do Hertha de Berlim.

A temporada do Bayern não foi sempre um mar de rosas. Em outubro, para espanto de muita gente, o clube despediu Carlo Ancelotti do cargo de treinador, depois de a equipa ter sido derrotada por 3-0 pelo PSG na fase de grupos da Liga dos Campeões, facto agravado com o segundo lugar na Bundesliga, a cinco pontos do então líder Dortmund.

Na altura, o despedimen­to foi justificad­o pelo presidente Karl-Heinz Rummenigge pelo facto de as atuações não estarem a correspond­er às expectativ­as. Veio depois a saber-se que a relação do italiano com os principais jogadores estava longe de ser a melhor, com alguns deles a admitirem que treinavam escondidos por não estarem de acordo com os métodos de Ancelotti.

O Bayern apontou então baterias para Jupp Heynckes, 72 anos, treinador que passou pelo Benfica e que estava reformado. Os dirigentes bávaros conseguira­m convencer o homem que em 2013 ganhou tudo o que era possível ganhar, oferecendo ao Bayern a Liga dos Campeões, campeonato e Taça da Alemanha.

E os resultados estão à vista. Líder do campeonato e a um passo de conquistar o hexa; está nos quartos-de-final da Liga dos Campeões (vai defrontar o Sevilha) e nas meias-finais da Taça da Alemanha (medem forças com o Bayern Munique). Ou seja, Heynckes pode repetir o pleno da temporada 2012-13.

Caso o Bayern se sagre campeão já este fim de semana, é a primeira equipa das principais Ligas a festejar. Em Inglaterra o City também está bem lançado – tem 16 pontos de vantagem sobre o Man. United –, tal como o PSG na Liga francesa.

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