Diário de Notícias

Federer garante liderança e iguala melhor início de ano de sempre

O suíço só perdeu um jogo nos últimos 38 que disputou, obra do belga David Goffin. Hoje discute lugar na final de Indian Wells

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NUNO FERNANDES Aos 36 anos, Roger Federer não para de surpreende­r. Na madrugada de ontem, o tenista suíço avançou para as meias-finais do torneio de Indian Wells, ao bater o sul-coreano Hyeon Chung por esclareced­ores 7-5 e 6-1, e assegurou desde já por mais duas semanas a liderança do ranking mundial. Mas há mais. Com este triunfo, Federer igualou o seu melhor arranque de ano da carreira, com 16 vitórias consecutiv­as, repetindo o feito alcançado em 2006, quando tinha... 24 anos.

Hoje, nas meias-finais do torneio estadunide­nse, o número 1 mundial (que não perdeu qualquer set no torneio) vai medir forças com o croata Borna Coric (49.º), que, finalmente, chegou a umas meias-finais de um torneio ATP 1000 depois de ter despachado o

Federer parece viver uma segunda juventude aos 36 anos sul-africano Kevin Anderson (9.º) nos quartos-de-final da competição. E pode bater este seu recorde. “Foi há 12 anos [última vez que alcançou 16 vitórias consecutiv­as a abrir o ano]? Já passou muito tempo. Já nem me recordo qual o primeiro torneio que ganhei nesse ano. Tive temporadas em que obtive muitas conquistas, 30, 40 jogos a ganhar, mas nunca logo no início do ano. É um ótimo início de 2018. E espero vencer o próximo jogo para quebrar essa minha melhor série”, referiu Federer após o jogo com Hyeon Chung.

Mas estará o suíço a ser brando nas palavras? Desde 7 de setembro do ano passado que Roger Federer apenas perdeu um jogo. O tenista obreiro desse êxito foi o belga David Goffin em pleno Masters de Londres. Assim como não quer a coisa estamos a falar de uma derrota em... 38 encontros.

Ou seja, nos últimos seis meses o helvético conquistou o Open de Shanghai, o Open de Basileia, disputado na sua cidade natal, a Taça Hopman, o Open da Austrália e, finalmente, o Open de Roterdão. Em tudo em que participou Federer deixou a sua marca, com exceção do Masters de Londres.

Mas há mais... nos últimos dez encontros, Federer concedeu apenas um set e para o agora retirado Robin Haase.

Aos 36 anos, o tenista suíço parece estar a dar razão ao velho ditado de que velhos são os trapos. E, já agora, quem sabe se Federer não quer atingir a barreira dos cem milhões de euros em prémios – para já, vai em 94...

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