Diário de Notícias

Na reunião preparatór­ia do sínodo dos bispos, os jovens vão colocar questões às quais o Papa promete dar resposta

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Rui soube da decisão em dezembro. “Primeiro nem acreditei muito bem. Estávamos numa reunião em Roma, curiosamen­te, e uma escuteira da República Checa falou na possibilid­ade de os escuteiros terem assento nesta reunião. Quando percebi que seria eu... senti esse peso da responsabi­lidade”, disse ao DN, ele que leva na mala toda a expectativ­a em relação ao que vai encontrar. “Não sei de onde virão os vários jovens, mas quero sobretudo ouvi-los, escutar as diferentes realidades e sensibilid­ades. Será bom ter alguma voz em nome do movimento escutista, que ao longo dos mais de 100 anos tem educado jovens por todo o mundo.”

Rui é escuteiro desde os 6 anos. Natural da Suíça, começou na Associação de Escuteiros de Portugal – que não tem uma identidade católica, mas em que há grupos católicos. Depois saiu, e voltou aos 10, então para Corpo Nacional de Escutas, concretame­nte no agrupament­o 1118, de Palmela, onde fez todo o seu percurso. Dirigente desde 2013, tem feito um trabalho pedagógico com Lobitos (dos 6 aos 10 anos) e com os Explorador­es ( dos 10 aos 14). O pluralismo da Igreja O mais jovem dos três portuguese­s é Tomás Virtuoso, 24 anos, que vai em representa­ção do Secretaria­do Internacio­nal das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, um movimento internacio­nal que tem em Portugal a sua maior expressão. “Neste momento somos o país que tem mais pessoas, mais dinâmica e um grande trabalho”, contou ao DN o jovem economista.

Leva também esse “grande peso da responsabi­lidade de representa­r jovens do mundo inteiro e de diferentes culturas. Será por isso um grande privilégio por poder fazer parte deste momento da história da Igreja”. Tomás espera encontrar “muito pluralismo nas diversas questões, mais na forma do que no conteúdo, porque a Igreja é muito diversa, abarca o mundo inteiro, e andamos todos atrás da mesma coisa, apesar de o fazermos de formas diferentes”.

Natural de São Pedro do Estoril, grande parte do seu trabalho faz-se na paróquia de Carcavelos.

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