Diário de Notícias

Juiz liberta ex-procurador de prisão domiciliár­ia

A medida de coação a Orlando Figueira foi ontem revogada. Está agora em liberdade mas com passaporte apreendido

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OPERAÇÃO FIZZ Orlando Figueira, acusado de ter sido corrompido pelo ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente, deixou de estar com pulseira eletrónica, depois de ter estado um ano e meio em prisão domiciliár­ia. Os juízes determinar­am, contudo, que o arguido entregasse o passaporte, pelo que não pode ausentar-se para o estrangeir­o.

Sobre a proibição de contactos, segundo a advogada Carla Marinho, os juízes ainda não tomaram qualquer decisão. Depois de ter sido ouvido à porta fechada hoje à tarde e de conhecer a decisão, Orlando Figueira, ex-procurador no Ministério Público, disse aos jornalista­s que ia para casa e esperar pelos técnicos da equipa de reinserção social para remoção da sua pulseira eletrónica.

A Operação Fizz, que tem como arguidos o ex-procurador do Ministério Público, o engenheiro Armindo Pires e o advogado Paulo Blanco, assenta na acusação de que o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente corrompeu Orlando Figueira com o pagamento de 760 mil euros para que este arquivasse dois inquéritos, um deles o caso da empresa Portmill, relacionad­o com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril. Manuel Vicente foi acusado de corrupção ativa, mas o seu processo foi separado no início do julgamento.

Ontem de manhã, o advogado angolano N´Gunu Tiny, que trabalhou para o Banco Privado Atlântico, escudou-se no sigilo profission­al para não responder a várias perguntas no julgamento Operação Fizz, no qual depôs como testemunha. DN/Lusa

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