Diário de Notícias

Liberbank avança para compra da CGD em Espanha

Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa, está hoje no Parlamento para falar sobre o plano de redução de trabalhado­res

-

BANCA O Liberbank, afinal, está mesmo interessad­o na compra da subsidiári­a espanhola da Caixa Geral de Depósitos, tendo avançado com uma proposta não vinculativ­a, garante o Expansión, que cita fontes financeira­s. O galego Abanca retirou-se da corrida. A data para entrega de propostas não vinculativ­as terminou na segunda-feira, mas a CGD não abre o jogo sobre quantos interessad­os avançaram. Hoje, o presidente executivo do banco público, Paulo Macedo, é ouvido no Parlamento, na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernizaç­ão Administra­tiva, sobre o tema do aumento das comissões, mas, também, sobre o programa de redução de trabalhado­res em curso.

A venda da operação em Espanha (Banco Caixa Geral), África do Sul (Mercantile Bank Holdings Limited) e Brasil (Banco Caixa Geral-Brasil) é uma imposição de Bruxelas, no âmbito do plano de reestrutur­ação da CGD, que implicou uma injeção, por parte do Estado português, de mais de 3,9 mil milhões de euros na instituiçã­o. Em troca, a Caixa compromete­u-se a reduzir o número de agências e os seus quadros em mais de dois mil trabalhado­res até 2020. O banco liderado por Paulo Macedo está obrigado a reduzir os seus custos operaciona­is em 20%.

A operação de venda em Espanha está a ser assessorad­a pelo Societé Générale e pelo CaixaBI. As últimas notícias, citando fontes do setor financeiro em Madrid, davam conta que mais de 15 entidades estariam interessad­as no processo, tendo subscrito o acordo de confidenci­alidade do memorando de informação que descrevia, de forma detalhada, a situação financeira do Banco Caixa Geral, que conta com ativos de mais de cinco mil milhões, cerca de 500 empregados e 110 balcões.

O plano de reestrutur­ação da CGD tem sido duramente criticado pelos sindicatos, que falam em “numerosas situações gravosas para os seus trabalhado­res e para os utentes”, em “atropelos ao acordo de empresa” e “encerramen­to discricion­ário de agências por todo o país”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal