Casillas já decidiu sair apesar dos apelos de Pinto da Costa e adeptos
FC Porto. Guarda-redes está no último ano de contrato com os azuis e brancos e entende que o seu ciclo nos dragões está terminado. Quase a completar 37 anos, o guardião espanhol ainda pretende jogar em outro campeonato
Existem petições online e até Pinto da Costa, presidente do FC Porto, disse recentemente que gostaria de contar com Iker Casillas na próxima temporada. O DN sabe, contudo, que o guarda-redes espanhol de 36 anos já tomou uma decisão e vai mesmo abandonar os azuis e brancos no final da época, quando terminar contrato com os dragões.
O internacional espanhol expressou várias vezes a sua satisfação por jogar no FC Porto e viver na Invicta, mas os convites que tem de outras ligas fizeram o ex-jogador do Real Madrid decidir rumar a outras paragens.
A questão financeira também é importante, dado que para continuar no FC Porto teria de abdicar de grande parte dos cinco milhões de euros brutos que a SAD dos dragões lhe paga. E em ligas como Emirados Árabes Unidos (ainda ontem foi noticiado o interesse do Al Nasr), Estados Unidos e até Inglaterra há clubes dispostos a pagar-lhe valores superiores.
Há três anos em Portugal, Casillas entende também que o seu ciclo de dragão ao peito está terminado, apesar de ainda não ter conquistado qualquer título ao serviço do clube. E entende que terminou porque pretende jogar numa outra liga, e quase a completar 37 anos, no próximo mês de maio, vê que este é o momento para a sua saída.
Pinto da Costa, presidente do FC Porto, revelou recentemente que gostaria de continuar a contar com Casillas. Após a eliminação com o Liverpool, na Champions, o líder dos dragões não se esquivou à pergunta sobre a continuidade do espanhol e manifestou o seu desejo de que Iker Casillas continuasse na próxima temporada.
Também nas redes sociais e na internet têm surgido movimentos e petições para a continuidade do guarda-redes, mas a verdade é que, até ao momento, ainda não houve qualquer reunião entre as partes para um possível entendimento, apurou o DN junto de fonte próximo do guarda-redes.
Esta posição/silêncio por parte da SAD portista também contribuiu para a decisão de Casillas, que nesta temporada começou por ser primeira escolha de Sérgio Conceição, perdeu depois o lugar para José Sá e só recentemente voltou a ser o preferido do treinador para defender as redes azuis e brancas.
A decisão de abandonar a Invicta está assim tomada, faltando apenas escolher o destino para a próxima temporada. E poderá ser esta a última esperança do FC Porto se, nos próximos meses, decidir avançar com uma proposta de renovação. Como ainda está indeciso sobre que futuro escolher, a SAD dos dragões ainda terá uma derradeira oportunidade para tentar demovê-lo. Carlos Cutropia, empresário do espanhol, não invalida qualquer cenário. “Vamos esperar mais algum tempo. O Iker está satisfeito em Portugal, gosta do clube, da cidade, tudo pode acontecer”, limitou-se a dizer agente ao DN.
Reyes e Marcano também de saída Além de Iker Casillas, há mais jogadores que terminam contrato no final da temporada. Tal como o guarda-redes espanhol, também os centrais Diego Reyes e Marcano têm praticamente decidido que abandonam os azuis e brancos no final da temporada.
No caso do mexicano, as razões prendem-se com o facto de não ser opção regular no onze e por ter convites aliciantes dos campeonato espanhol e alemão. Já Iván Marcano, um dos capitães do FC Porto, está prestes a completar 31 anos e pretende realizar o contrato da sua vida do ponto de vista financeiro. Com os azuis e brancos sem grande margem financeira para premiarem um dos jogadores mais utilizados nas últimas quatro temporadas, Marcano tem praticamente as malas feitas para rumar a outras paragens em julho. A SAD do FC Porto, contudo, ainda não desistiu da renovação.
O central espanhol, refira-se, tem uma proposta do Valência, do país vizinho, e há muito que o Benfica também pisca o olho ao defesa dos rivais, que pode deixar o clube a custo zero.
Internacional espanhol tem o contrato mais vantajoso do futebol português: cinco milhões de euros por temporada