“SE O AMBIENTE RURAL NÃO ESTIVER CUIDADO É UM RISCO ACRESCIDO”
Os ambientes florestais modificaram-se radicalmente nas últimas três décadas, que, quando associados à baixa densidade populacional nestes territórios, leva à necessidade de aumentar a sensibilidade e o conhecimento público relativamente aos riscos das pessoas em ambiente rural. Riscos estes que, “quando traduzidos em incêndios, causam graves problemas pela falta de gestão do território”, advogado Rogério Rodrigues, presidente executivo do ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. O responsável garante que o ICNF está a chegar às pessoas pelo “saber-fazer”, sensibilizando “como devem atuar perante os problemas do dia a dia, como devem utilizar o fogo nas suas queimas e queimadas, e os principais aspetos da gestão floresta”, ou seja, o ICNF quer aumentar o conhecimento e a sensibilidade para que haja menores riscos em situações de incêndio. “Se o ambiente rural não estiver cuidado, é um risco acrescido. Estamos a falar de proteção de pessoas e bens e não de floresta”. Quanto ao suposto desinteresse no dispositivo criado pela SmartForest (apresentado no artigo ao lado), Rogério Rodrigues afirma que “não há falta de interesse. Há todo o interesse, mas o ICNF não pode entrar em todos os projetos”. Este responsável prefere salientar “o esforço que entidades como as universidades e os centros de investigação têm desenvolvido no capítulo da proteção, mas também da prevenção de incêndios”. O presidente executivo do ICNF indica que o caminho para uma floresta verde mais ordenada e valorizada pelas pessoas passa também por projetos como o “Prevenir e Educar por uma Floresta Verde”.