“Talvez o Estado possa intervir como na Grécia”
› “Não me recordo de nada parecido sequer. Estamos numa nova realidade, com novas tecnologias e redes sociais ao serviço do futebol. Há uma nova realidade de comunicação que faz ampliar esta crispação. Hoje os diretores de comunicação são um veículo transmissor dos seus presidentes e é através da agressão verbal que se tenta desestabilizar o adversário, mas essa comunicação forte e feroz em nada ajuda o futebol português. Pessoas que nem estão ligadas ao jogo criam especulação e ruído em volta de uma indústria que tem um potencial enorme e dá de comer a muita gente neste país. Parece que a querem destruir com este tipo de comunicação e cultura do ódio. E vai piorar com o aproximar do fim do campeonato. Isto não são mind games – também os fiz, mas com respeito –, são insultos! Deviam era comunicar no campo, jogar, ganhar jogos e dar bons espetáculos para atrair mais gente aos estádios. O futebol sem espectadores não vive e deviam ser mais bem estimados. A justiça desportiva e a civil não podem ter receio de penalizar quem tem de ser castigado. Falta uma primeira vez para se fazer a rutura e limpar a nuvem negra que paira sobre o futebol português. É preciso pensar para onde queremos ir. Eu ouvi o Presidente Marcelo na Gala da Federação apelar para não se manchar mais a imagem de Portugal lá fora... Passado um dia ou dois foi o que se viu. Isto está de tal maneira que não sei quem vai ou pode parar com isto. Talvez o Estado possa intervir e fazer como na Grécia e parar o campeonato.”