Diário de Notícias

Estão no ténis as atletas com mais poder do mundo

Revista elegeu as mulheres mais relevantes no mundo do desporto. Serena Williams e Caroline Wozniacki lideram entre as atletas

- RUI FRIAS

Mulheres executivas lideram as escolhas da Forbes: Fama Samoura, da FIFA, e Michele Roberts, do sindicato de jogadores da NBA

Destacam-se nos courts, com uma raqueta na mão, mas estendem o seu impacto global bem para lá das fronteiras do ténis. A norte-americana Serena Williams e a dinamarque­sa Caroline Wozniacki foram eleitas pela Forbes como as atletas mais “poderosas” do mundo, em duas listas distintas nas quais a revista norte-americana destaca as que considera serem as mulheres mais importante­s de 2018 no desporto dos Estados Unidos e no desporto internacio­nal, respetivam­ente.

As duas tenistas aparecem como as atletas mais bem colocadas, em listas cujos lugares de topo são dominados sobretudo por mulheres que desempenha­m cargos executivos em grandes organizaçõ­es desportiva­s – como a senegalesa Fatma Samba Diouf Samoura, primeira mulher a desempenha­r o cargo de secretária­geral da FIFA, eleita a mulher mais poderosa do desporto internacio­nal, e Michele Roberts, diretora executiva da NBPA, o sindicato de jogadores da liga norte-americana de basquetebo­l, que ocupa o primeiro lugar no ranking dedicado às mulheres no desporto dos Estados Unidos.

Entre os critérios tidos em conta para a elaboração destas duas listas, esclarece a Forbes, estão fatores como o dinheiro ganho, a presença nos media, as esferas de influência e o impacto social no desporto.

Na lista dedicada ao desporto internacio­nal, a dinamarque­sa Caroline Wozniacki, vencedora do primeiro torneio de Grand Slam do ano, o Open da Austrália, é então a desportist­a que surge mais bem colocada . A tenista, atualmente n.º 2 do ranking mundial, ganhou 7,5 milhões de dólares (seis milhões de euros, ao câmbio atual) no ano passado, entre prémios desportivo­s e contratos publicitár­ios, e desempenha um papel ativo na luta pela igualdade de género no desporto, realça a revista.

Entre as 25 mulheres eleitas, há mais seis praticante­s: Mithali Raj, capitã da seleção de críquete da Índia, surge em 12.º lugar; Nadia Nadim, futebolist­a dinamarque­sa de origem afegã, em 20.º; outra futebolist­a, a holandesa Lieke Martens, do Barcelona , que ganhou o prémio de jogadora do ano para a FIFA em 2017, é colocada em 22.º; Sung Hyun Park, golfista sul-coreana, em 23.º; Sasha Hostin, canadiana dedicada aos e-sports, é 24.ª; e a lista encerra com a brasileira Leticia Bufoni, skateboard­er.

No ranking sobre as mulheres do desporto nos EUA, Serena Williams aparece no pódio, em terceiro lugar. A tenista, detentora do recorde de título do Grand Slam na Era Open (23), fica apenas atrás da já referida Michele Roberts, diretora executiva da NBPA, e de Lesa France Kennedy, CEO da Internatio­nal Speedway Corporatio­n (ISC) e vice-presidente da NASCAR, competição de automobili­smo.

Serena é mesmo a única atleta em atividade a constar da lista, neste caso, das 30 mulheres mais poderosas do desporto em terras do tio Sam. Outra referência do ténis, a ex-jogadora Billie Jean King, aparece no sexto lugar. “Ninguém fez tanto pelo papel das mulheres no desporto nos últimos 50 anos”, justifica a revista sobre a mulher que ajudou a fundar a WTA, que gere o circuito feminino de ténis.

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Serena é a terceira mulher mais poderosa do desporto nos EUA. Caroline é a oitava a nível internacio­nal
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