Reuniões de alto nível para debater o futebol português
Joaquim Evangelista exige respeito pelos jogadores. Liga, Federação, capitães e Secretaria de Estado do Desporto envolvidos
Joaquim Evangelista e Fernando Gomes reúnem-se na terça-feira em Lisboa NUNO FERNANDES e RUI MARQUES SIMÕES O clima de crispação e suspeição no futebol português vai ser debatido ao mais alto nível na segunda e na terça-feira, com reuniões entre o Sindicato de Jogadores e capitães de equipa dos dois escalões profissionais com a Liga (segunda-feira no Porto) e com a Federação Portuguesa de Futebol e Secretaria de Estado do Desporto (terça-feira em Lisboa).
“Em causa está o envolvimento dos jogadores no clima de crispação do futebol português. Os jogadores não querem servir de arma de arremesso nem que seja posta em causa a sua idoneidade profissional. Isso afeta-os a nível profissional e também no plano pessoal”, referiu ontem ao DN o presidente do Sindicato de Jogadores, Joaquim Evangelista, acrescentando que “os atletas não são indiferentes, não querem fazer parte disto e exigem respeito”.
A primeira reunião será na sede da Liga, no Porto, na segunda-feira às 15.30. Além de representantes do sindicato, estarão presentes capitães de equipa da I e II Liga (cinco e dois, respetivamente) de clubes do Norte. Na terça, em Lisboa, haverá primeiro uma reunião com a Federação Portuguesa de Futebol, às 16.00, seguida de uma outra com a Secretaria de Estado do Desporto, às 17.30, na qual estarão capitães de equipa mais do Sul. Estarão presentes jogadores de FC Porto, Benfica e Sporting? “Estão todos envolvidos. Ainda vamos ver quem tem disponibilidade de ir [em função da agenda dos jogadores e das equipas]”, respondeu Evangelista.
O presidente do Sindicato de Jogadores não quis abrir o jogo relativamente ao que vai ser proposto. Mas em cima da mesa vão estar medidas a adotar no futuro para que o estado das coisas se altere radicalmente: “Houve várias medidas em cima da mesa, mas o sindicato entendeu que seria melhor não criar mais ruído [com uma paralisação dos campeonatos]. Somos muito responsáveis: o