Europeias. A única grande incógnita é a escolha do PS
Partido nacional Partido europeu Pos. ranking geral Assiduidade Participação votações FRANCISCO ASSIS 90% 92% PAULO RANGEL 90% 86% JOÃO FERREIRA 81% 84% MARISA MATIAS 92% 91% MARINHO PINTO O CDS-PP anunciou Nuno Melo como cabeça-de-lista m
JOÃO PEDRO HENRIQUES Se quiser ser, será. Carlos César tem a faca e o queijo na mão para decidir o seu próprio futuro político. Se quiser ser o cabeça-de-lista do PS nas próximas eleições europeias, será.
Carlos César transporta consigo o peso de ser o número dois político de António Costa no PS, como presidente do partido e líder parlamentar. Até agora tem dito a quem o quer ouvir que está “muito bem” na Assembleia da República, não ambicionando portanto rumar a Bruxelas. Mas verdadeiramente não fecha a porta. A condicionar esta escolha poderá estar outra ambição que se lhe atribui: a de ser na próxima legislatura presidente da Assembleia da República. Sendo eurodeputado, perderia influência política dentro do PS (a distância mata); sendo presidente da AR, não.
Os calendários das europeias e das legislativas (ambas as eleições no próximo ano, respetivamente em maio e outubro) determinam que não é possível querer ser as duas coisas em tempos diferentes. Aliás, há mais: já começaram conversas, aparentemente dinamizadas pelo Presidente da República, no sentido de antecipar em 2019 as eleições legislativas para maio, fazendo-as coincidir com as europeias. Só um largo consenso partidário – ou mesmo unanimidade – permitirá este rearranjo de calendários. Ele implicaria dissolução do Parlamento pelo Presidente da República e a marcação de eleições legislativas antecipadas. Pela parte do PS, poderia surgir um argumentário a favor, dizendo que assim o governo que sair dessas eleições terá mais tempo para preparar o Orçamento do Estado para 2020 (que pelos calendários legais terá de entrar na Assembleia da República até 15 de outubro do próximo ano).
O segundo nome mais referido no PS como hipótese de cabeça-de-lista do partido para as eleições europeias é o de Ana Catarina Mendes. Se César é no PS um número dois político de Costa, Ana Catarina Mendes é, como secretária-geral adjunta – cargo que antes dela nunca tinha existido –, a verdadeira “dona” operacional do partido. Em duas palavras: controla o aparelho. Passa grande parte do seu tempo no terreno a contactar com as estruturas; e deve-lhe ser creditado, pelo menos em parte, o facto de em 2013 o PS ter vencido as eleições autárquicas com o seu melhor resultado de sempre (150 presidentes de câmara eleitos, num total de 308). Ana Catarina Mendes também tem dito que não
Ana Catarina Mendes e Carlos César: os nomes mais falados beça-de-lista. Especulam-se nomes mas não há nenhuma certeza. O que parece garantido é que António Costa não tem pressa. A escolha só deverá ser anunciada no princípio de 2019, numa convenção europeia do PS. Ou seja: não deverá fazer parte da agenda do próximo congresso nacional do partido (de 25 a 27 de maio, na Batalha).
E Francisco Assis?