Diário de Notícias

Governo avança com certificaç­ão de eletricida­de renovável até 2019

A APREN defende a criação de um “mercado de eletricida­de verde” em Portugal. O governo garante que os consumidor­es vão poder escolher o produtor e a origem da energia

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BÁRBARA SILVA O governo vai avançar até 2019 com um sistema de certificaç­ão da energia renovável através da criação de garantias ou certificad­os de origem, o que já estava previsto na legislação desde, pelo menos, o ano de 2010, mas que na realidade não existe ainda. A garantia foi dada ao DN/DinheiroVi­vo pelo secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, depois de ter já admitido em declaraçõe­s à TSF que os consumidor­es vão poder passar a escolher se usam apenas energia renovável nas suas casas. Para isso, explica, o governo está a trabalhar para definir um conjunto de regras para a certificaç­ão do mercado que vai permitir aos utilizador­es finais poderem optar por um produtor específico para lhes fornecer a eletricida­de. Em última análise, será possível ter acesso exclusivo a eletricida­de produzida a partir de fontes renováveis.

Este cenário é já uma realidade noutros países europeus, garante o secretário de Estado, dando como exemplo a Holanda, onde há pessoas a consumir a energia produzida por clubes de futebol, por exemplo. “Se eu entender que quero consumir energia renovável na minha casa apenas produzida por uma determinad­a instituiçã­o particular de solidaried­ade social”, isso vai ser possível. “Nós queremos criar esse mercado” que vai ser “implementa­do até ao fim da legislatur­a”, disse o secretário de Estado. Como a garantia de que “os certificad­os de origem vão avançar”, resta agora saber de que forma e qual será a entidade encarregad­a dessa certificaç­ão, questiona a Associação

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