Diário de Notícias

Ex-diretor do MAI condenado a sete anos de prisão efetiva

João Alberto Correia foi acusado de crimes de participaç­ão económica em negócio, abuso de poder e falsificaç­ão

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O ex-diretor-geral de Infraestru­turas e Equipament­os do Ministério da Administra­ção Interna, João Alberto Correia, foi ontem condenado a sete anos de prisão efetiva por crimes de participaç­ão económica em negócio, abuso de poder e falsificaç­ão de documentos.

O tribunal condenou ainda João Alberto Correia a uma pena de cinco anos de inibição de exercício de funções públicas. O coletivo de juízes não deu como provados os crimes de corrupção e branqueame­nto de capitais de que João Alberto Correia estava pronunciad­o.

João Correia foi também condenado pelo tribunal ao pagamento de uma indemnizaç­ão cível no valor de 585 mil euros. Rogério Alves, advogado de João Correia, manifestou a intenção de recorrer da condenação para o Tribunal da Relação de Lisboa.

Vários arguidos foram condenados por crimes de participaç­ão económica em negócios, mas com pena de prisão suspensa.

As restantes penas, todas suspensas, variaram entre um e cinco anos, tendo Albino Rodrigues sido condenado a cinco anos de prisão de pena suspensa, o empresário Henrique Oliveira a quatro anos e seis meses e Maria Sá Gomes, responsáve­l do gabinete jurídico da direção-geral, a dois anos e três meses. João Alberto Correia, que em 2014 esteve em prisão preventiva, chegou a julgamento pronunciad­o por crimes de corrupção passiva, participaç­ão económica em negócio, falsificaç­ão de documentos, abuso de poder e branqueame­nto de capitais.

Além de João Alberto Correia foram julgados neste processo Albino Rodrigues (chefe da divisão de obras), Maria Luísa Rodrigues (responsáve­l pelo gabinete jurídico da direção-geral) e nove outros arguidos. João Alberto Correia chegou à Direção-Geral de Infraestru­turas e Equipament­os (DGIE) do Ministério da Administra­ção Interna em 2011 e, segundo o Ministério Público, durante três anos teria arrecadado, para si e para um grupo alargado de amigos e membros da loja maçónica Grande Oriente Lusitano, milhares de euros de dinheiros públicos. LUSA

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