Deteção precoce de fadiga e água sem restrições
Depois da morte de dois comandos, Exército alterou regras da formação de tropas especiais para reduzir situações extremas
A deteção precoce da rabdomiólise – lesões musculares por excesso de esforço, que provocaram a morte de dois militares no curso de Comandos de 2016 – com a realização de análises diárias, passou a ser uma prioridade para o Exército, quando do reinício desta formação que tinha estado suspensa.
Outra das medidas introduzidas, seguindo as recomendações da Inspeção-Geral do Exército (IGE), apresentadas em dezembro de 2016, é o consumo sem restrições de água “durante os picos de maior atividade” física. Aliás, foi eliminada a chamada prova de sede, que era feita logo a abrir o curso e em que morreram os dois recrutas do curso de 2016. Esta nova metodologia dos cursos pretende “reduzir o número de situações que exijam cuidados extremos”, além de identificar o mais cedo possível riscos de desenvolvimento da rabdomiólise.
O Exército passou também a ter outro cuidado com os candidatos aos cursos. Este ramo das Forças Armadas exige agora a apresentação de um relatório clínico que seja passado pelo médico de família ou por uma unidade de cuidados primários, para que os militares possam aceder ao historial clínico.
Outro aspeto alterado passou pela integração do período de estágio que preparava fisicamente os alunos para as exigências da formação nessas forças especiais. M.M.