Diário de Notícias

Professore­s marcam manifestaç­ão para 19 de maio

Mário Nogueira, líder da Fenprof, diz que governo não está a querer continuar a negociar o tempo congelado

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CARREIRAS Os sindicatos de professore­s anunciaram ontem a convocação de uma manifestaç­ão nacional para 19 de maio em Lisboa, prometendo “uma grande iniciativa” contra a ausência de negociaçõe­s produtivas com o Ministério da Educação.

“Decidimos hoje marcar uma manifestaç­ão nacional de professore­s para 19 de maio. Queremos que seja uma grande iniciativa”, disse aos jornalista­s o secretário-geral da Federação Nacional dos Professore­s (Fenprof ), Mário Nogueira, acrescenta­ndo que quer um “Marquês de Pombal completame­nte cheio” às 15.00 desse dia.

Mário Nogueira falava numa conferênci­a de imprensa, em Lisboa, que juntou as dez estruturas sindicais que em novembro do ano passado assinaram uma declaração de compromiss­o com o Ministério da Educação para negociar questões de carreira e de salários dos professore­s.

Os sindicatos entendem que essa declaração não está a ser cumprida, não tendo para já qualquer reunião agendada para dar continuida­de às negociaçõe­s, que as estruturas esperavam já ter terminado por esta altura. Perante o impasse, sobretudo no que diz respeito ao reconhecim­ento pela tutela de que o tempo de congelamen­to na carreira dos professore­s – nove anos quatro meses e dois dias – será contabiliz­ado na íntegra, os sindicatos admitiram já hoje que a manifestaç­ão não seja a última ação de luta do ano.

A haver continuida­de, o próximo protesto coincidirá, quase segurament­e, com o período de avaliação do 3.º período.

“O governo mantém a sua atitude, o governo não reúne, o governo não dá resposta, o senhor ministro não aparece e nós depois aí diremos o que vem a seguir, sabendo todos que não é durante o mês de agosto que vai haver qualquer coisa, portanto é bem provável que haja antes. Desejamos por tudo não ter de chegar para além disto, mas se tivermos, chegamos, porque o que tem de ser resolvido são estes problemas que se arrastam há muito tempo e que são de justiça mínima”, disse Mário Nogueira.

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