Diário de Notícias

SETE ANOS DE GUERRA

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2011 › A 19 de março, forças de segurança disparam contra manifestan­tes desarmados em Daraa, em protestos sem precedente­s contra quatro décadas de regime dos Assad. Em vez de travar os protestos, violência do governo intensific­a-os e as mortes multiplica­m-se. Barack Obama, o então presidente dos EUA, apela à demissão de Bashar al-Assad e impõe as primeiras sanções.

2012 › Os combates alastram. Em agosto, Obama fala na famosa “linha vermelha” e avisa que o uso de armas químicas teria “sérias consequênc­ias”.

2013 › Após dois ataques com gás (incluindo um com sarin que mata centenas nos arredores de Damasco), Obama pede ao Congresso para atacar o regime. Republican­os rejeitam. Parlamento britânico também votara contra a ação militar. Em outubro, após ameaças da ONU, Síria assina a Convenção das Armas Químicas, que proíbe a sua produção, armazename­nto ou uso.

2014 › A Organizaçã­o para a Proibição de Armas Químicas anuncia que governo entregou as que tinha, mas opositores duvidam. No norte, rebeldes combatem o Estado Islâmico (EI) e Assad (reeleito em junho) usa a guerra contra o terrorismo como desculpa. Em setembro, coligação liderada pelos EUA atinge alvos do EI em território sírio.

2015 › Investigam-se denúncias de que Assad está novamente a usar armas químicas, nomeadamen­te gás cloro. A Rússia, que apoiava Assad nos bastidores, entra ativamente na guerra. Bombardeia os rebeldes e a guerra começa a virar a favor de Assad.

2016 › Em dezembro, regime recupera controlo de Aleppo, perdido quatro anos antes. Investigaç­ão comprova que Assad usou cloro, mas também que o EI usou gás mostarda.

2017 › Em abril, 58 pessoas morrem num ataque com sarin em Khan Sheikoun. Dois dias depois, o novo presidente dos EUA, Donald Trump, bombardeia a base militar de onde terão partido os aviões usados no ataque. Aprova também plano para armar as milícias curdas, para reconquist­ar Raqqa ao EI (cairia em outubro), causando a ira dos turcos, que os consideram terrorista­s.

2018 › A guerra já fez mais de 500 mil mortos. Em fevereiro, após fortes combates em Ghouta, Conselho de Segurança aprova cessar-fogo de 30 dias. A 7 de abril, denúncia de novo ataque químico. EUA, Reino Unido e França respondem com bombardeam­ento.

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