A urgência do combate ao plástico
› São imensos os desafios ambientais para o futuro e um deles, o da poluição marinha pelos plásticos, incluindo os microplásticos que estão já a contaminar a água doce e a cadeia alimentar, está a atingir proporções que poderão pôr em causa a biodiversidade marinha se não for travado rapidamente, alertam os cientistas. Por isso, neste ano, o Dia Internacional da Terra, que hoje se assinala, é dedicado a este problema, que parece não ter ainda solução à vista. Foi em 1997 que um navegador solitário chamado Charles Moore descobriu a primeira ilha de plástico no Pacífico. Em todos os oceanos, sabe-se agora, há ilhas flutuantes do tamanho de países compostas por estes detritos que matam a vida marinha. Cálculos recentes, feitos pelos cientistas, mostram que estas ilhas são apenas a ponta do icebergue: desde a década de 1950, já se produziram mais de nove biliões de toneladas de plástico, mas apenas 9% disso foi reciclado. E a cada novo ano que passa há mais oito milhões de toneladas de plástico que vão parar ao mar – o equivalente a sete sacos e meio de compras de supermercado a cada meio metro de costa, em todos os 192 países costeiros do mundo. Chamar a atenção para o problema e para as eventuais soluções sustentáveis é o objetivo do Dia Internacional da Terra.