Diário de Notícias

A série de ficção científica que agrada a 93% da audiência e a 21% dos críticos

As críticas foram más, mas a receção extraordin­ária deu à série The Orville criada por Seth MacFarlane caminho direto para a segunda temporada na Fox. Há surpresas nos temas e nas personagen­s, mas não se podem revelar

- A NA R I TA GUERRA, LO S A NGELES

Aquilo em que Seth MacFarlane põe a mão costuma dar bons resultados, mas ninguém sabia o que esperar quando o ator e produtor responsáve­l por Family Guy e Ted anunciou uma nova série de ficção científica. The Orville passa- se em 2418 e retrata as aventuras da tripulação de uma nave exploratór­ia da União Planetária, comandada pelo protagonis­ta Ed Mercer ( Seth MacFarlane).

A inspiração nos temas e imagética de Star Trek é flagrante, mas o tom bastante diferente. Trata- se de uma alegoria espacial com toques de comédia que explora temas controvers­os, desde racismo a identidade de género. A mistura deu origem a uma situação pouco usual: os críticos destruíram a série, os espectador­es adoraram- na. Apesar das críticas negativas que recebeu, The Orville bateu recordes de audiência na Fox e tornou- se no maior lançamento da temporada 2017- 2018 no canal. A segunda temporada foi anunciada quase de rajada, dado o sucesso de audiências que se verificou.

“Sempre vimos isto como uma série de antologia”, declarou Seth MacFarlane no painel dedicado a The Orville durante o Paley Fest em Hollywood. “As pessoas abraçaram esta série como ficção científica a sério. Veem pela narrativa e pelas personagen­s”, referiu. MacFarlane não se coibiu de criticar os críticos, que arrasaram o programa desde a sua estreia. “Houve muita hostilidad­e estranha”, afirmou, “do tipo ‘ quem pensas que és para escreveres sobre estas coisas’?”, acrescento­u o produtor.

Vários episódios da primeira temporada lançaram polémica, em especial “About a Girl”, no qual o casal de oficiais da raça alienígena Moclan, Bortus e Klyden, têm uma filha; a raça é inteiramen­te masculina, o que levou a um debate sobre se deviam proceder a mudança de género.

“A razão pela qual eu me envolvi nesta série, além de precisar de um emprego, é que apresenta as coisas de lados diferentes e permite à audiência retirar as experiênci­as que quiser”, analisou Chad L. Coleman, que interpreta o alienígena Klyden.

Uma pose da tripulação da nave exploratór­ia da União Planetária, comandada pelo ator Seth MacFarlane

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