Diário de Notícias

Plataforma ajuda portuguese­s que vão trabalhar para fora do País

Comunidade InterNatio­ns coloca expatriado­s em contacto através da plataforma online e em eventos offline

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LIGAÇÕES Foi por indicação de um amigo que Miguel Oliveira, de 28 anos, chegou à InterNatio­ns, uma plataforma para expatriado­s que reúne mais de três milhões de membros espalhados por 390 cidades. Estava em Detroit, nos EUA, para fazer um estágio ao abrigo do Programa Inov Contacto. “Queria aproveitar para conhecer outras pessoas, fazer contactos, ver como funcionava”, explica ao DN o engenheiro mecânico, a residir em Aveiro.

Miguel tornou-se um “albatross membership”, através do pagamento de uma quota, o que lhe dava alguns benefícios. “Participei em três ou quatro eventos. Aconteciam em bares, pubs ou restaurant­es. Chegávamos, éramos recebidos pelos embaixador­es e íamos falando com as pessoas”, recorda. Conheceu “pessoas interessan­tes”, destaca, embora “o ambiente fosse bastante formal”. Apesar de os eventos reunirem “todo o tipo de pessoas, não era um ambiente relaxado”, o que associa ao facto de “muitos estrangeir­os se calhar já terem a cultura americana enraizada e serem mais fechados”.

Para quem chega a um país “sem qualquer tipo de suporte ou apoio”, o engenheiro considera que a InterNatio­ns “pode ser uma boa ajuda”, assim como “para networking”. Fazer amigos no Vietname Quando chegou a Saigão, no Vietname, Luís Maio Rocha, de 41 anos, não conhecia “quase ninguém” e, sem saber bem como, chegou à InterNatio­ns. “Foi giro, porque descobri que era uma rede social mais reservada, onde podias ter acesso aos perfis profission­ais e pessoais das pessoas. É interessan­te para conhecer pessoas”, afirma.

Através da plataforma, Luís fez amizades, arranjou contactos profission­ais, publicitou a companhia, vendeu. “Só nunca cheguei a ir a nenhum evento”, assume. Na sua opinião, esta é uma ferramenta “que não tem nada a ver com Facebook, Linkedin ou Tinder”. “É uma coisa mais virada para o networking em pessoa e para a interajuda a pessoas expatriada­s”, conclui. J. C.

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