Marcelo abre novo espaço temporário do Bolhão
Mercado emblemático estará em obras por dois anos e muda-se para centro comercial
O Bolhão fechou no sábado e assim irá permanecer durante os próximos dois anos, enquanto é restaurado. Hoje começam as obras e é o primeiro dia do novo mercado temporário, um espaço a 200 metros do emblemático edifício do Porto, e que recebe a visita do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa irá, com Rui Moreira, percorrer a pé a distância entre os dois mercados, seguindo linhas pintadas no chão para promover a utilização deste novo espaço, que irá funcionar na Rua de Fernandes Tomás, no centro comercial La Vie Porto, onde irá encontrar perto de 140 vendedores.
Esta mudança ocorre após anos de avanços e recuos na reabilitação do mercado que nasceu em 1850 e está classificado como imóvel de interesse público. Após projetos que caíram, no mandato de Rui Rio, avança agora a requalificação, segundo a Câmara do Porto, “para que possa beneficiar de um exigente projeto de restauro que assegura as suas valências tradicionais de mercado de frescos, público e gerido pela Câmara do Porto, como até aqui”.
A autarquia investiu cerca de 50 mil euros numa campanha de promoção deste novo espaço temporário dos vendedores do Bolhão, como foi o caso da pintura no chão do percurso entre a entrada principal do Bolhão e o novo mercado temporário. É uma “campanha inicial sem precedentes”, disse Rui Moreira, em abril, adiantando o “investimento de cerca de 50 mil euros” e prometendo “não abrandar até que se criem novos hábitos” entre os clientes do mercado. Foram espalhados 500 múpis pelas ruas da cidade, há ativações em estações do Metro do Porto e comunicação nos media tradicionais e meios digitais.
O objetivo é manter os clientes fidelizados ao mercado, envolvendo a oferta de brindes a par da informação sobre o novo mercado. O presidente da câmara aponta que “a Metro do Porto será uma parceira” no esforço de sensibilização dos clientes, com “promoções itinerantes” em várias estações. No futuro haverá uma ligação entre a estação do Bolhão e o mercado.
Este mercado temporário irá receber 65 comerciantes do interior e 74 do exterior do Bolhão. Um grupo de 25 comerciantes do interior preferiu cessar a atividade, tendo Rui Moreira garantido em abril que “todos os que terminaram foram já indemnizados”. A câmara pretende, daqui a dois anos, promover uma hasta pública e inscrever mais comerciantes
As obras de reabilitação do Mercado do Bolhão vão custar cerca de 27 milhões de euros e o projeto é do arquiteto Nuno Valentim. “Dois anos parece-me um prazo perfeitamente tranquilo, até porque uma parte da obra está feita e era a que causava mais constrangimento”, diz Rui Moreira. D.M.