Diário de Notícias

Quando Rui Vitória surpreende­u o Sporting logo na primeira visita

Ex-jogadores recordam a primeira batalha do treinador frente aos leões, há dez anos, pelo Fátima. Amanhã a luta é pela Champions

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Foi a 20 de outubro de 2007 que Rui Vitória visitou pela primeira vez o Sporting. Ao comando do Fátima, surpreende­u toda a gente com um triunfo por 2-1

CARLOS NOGUEIRA Já passaram dez anos e seis meses desde a primeira vez que Rui Vitória enfrentou o Sporting como treinador principal, então para a Taça da Liga. Vai reencontra­r amanhã (às 20.30) o mesmo adversário, mas num contexto bem diferente, no qual está em jogo a presença na próxima edição da Champions.

Em 2007, Rui Vitória orientava o Fátima, em ano de estreia na II Liga, e deslocou-se a Lisboa – ao Restelo porque o relvado de Alvalade estava em más condições – para enfrentar um dos grandes do futebol português para a Taça da Liga. E para estreia não podia ter sido melhor, pois venceu por 2-1, um adversário treinado por Paulo Bento e que tinha Liedson, João Moutinho, Izmailov, MiguelVelo­so e companhia.

Duarte Machado era o defesa-direito nessa jornada épica para o Fátima e recorda que o registo do agora treinador do Benfica não mudou tendo em conta o adversário. “Nós não tínhamos uma grande dimensão, estávamos bem no campeonato, e ele disse-nos apenas para desfrutarm­os do jogo”, adiantou, lembrando que uma das bancadas do Restelo estava repleta de adeptos do Fátima e que isso foi aproveitad­o pelo técnico: “Ele conseguiu ir buscar essas emoções para nos transmitir antes do jogo.”

Filipe Falardo, médio que marcou o golo do triunfo frente aos leões, recorda que “não foi preciso grande motivação para o jogo, que já é intrínseca quando se defronta um grande” e lembra-se de que o trabalho de Rui Vitória incidiu “na vertente tática, na forma de defender e de como devíamos contra-atacar”. Falardo acabou por entrar em campo aos 64 minutos... “Pediu-me para aguentar mais a bola a meio-campo, porque estávamos a ser sufocados, mas acho que nunca imaginou que fosse eu a marcar, talvez tivesse mais fé no Saleiro que entrou depois”, adianta o antigo médio que no final da partida recebeu os parabéns do treinador.

Naquela altura, Rui Vitória “estava numa fase de transição” profission­al, lembra Duarte Machado. “Ainda era professor”, em Alverca, e à tarde partilhava a carrinha do clu-

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