Erradamente, Portugal foi reduzindo a relação com os EUA praticamente à Defesa e excessivamente acomodada à dimensão aeronáutica das Lajes
do regime se a economia não melhorar – vai tentar acompanhar Pequim eWashington, ficando os europeus no eterno dilema entre maximizar as suas capacidades em cooperações reforçadas alargadas, coligações de vontades de geometria variável, ou ainda não fazer nada. Portugal tem aqui oportunidades interessantes, sendo a opção descartada a da passividade.
Por um lado, calibrar com outra dinâmica as relações políticas, comerciais e energéticas com os três grandes do Atlântico Norte – Canadá, EUA e México. Mais visitas de Estado, mais contactos empresariais, mais intercâmbio científico, e mais investimento direto bilateral, sem esquecer o nosso papel de promotor de bons acordos comerciais e regulatórios da UE, a qual tem competência exclusiva nessa matéria. Se o acordo com o Canadá está em vigor e o do México está em reestruturação avançada, não devemos deixar morrer uma espécie de TTIP minimalista, até porque há setores na administração Trump que aqui e ali vão levantando o véu. Isto é, posicionar-nos como promotor ativo e positivo dos bons padrões comerciais no Atlântico, os quais terão na energia um elemento central.
Por outro lado, num contexto absolutamente singular em que os nossos dois grandes aliados atlân-