José Mendes: “Faz pouco sentido dar incentivos a táxis poluentes”
Vão apertar os apoios para a compra de novos táxis: só os carros com menos de quatro anos e emissões abaixo de 160 g CO2/km é que terão benefícios fiscais. Esta é uma das propostas em cima da mesa do grupo de trabalho para o setor, a funcionar desde julho do ano passado e que está prestes a ficar concluído, adianta José Mendes, secretário de Estado adjunto e do Ambiente, em entrevista do DN/Dinheiro Vivo. José Mendes admite ainda a aplicação de tarifas próprias para viagens de portos e aeroportos para o centro das cidades. que cumpram a última norma ambiental, a Euro 6. Faz pouco sentido dar incentivos fiscais aos táxis mais poluentes. Mas ainda vamos ter muitos carros com dez anos, de normas ambientais anteriores. Veículos mais recentes são ambientalmente melhores, mas esta questão ainda não está fechada. Também temos outras medidas em discussão, desde o pacote de dez medidas para o setor, que apresentámos em 2016. Entretanto mudou muita coisa. Mas a vontade de modernizar não começou apenas depois do veto da lei da Uber, como podemos ver pelo pacote de medidas e pelo grupo de trabalho. No primeiro pacote havia a possibilidade de apoiar a eletrificação dos táxis. Se as associações quiserem introduzir veículos elétricos, o governo está cá para desenhar um programa nesse sentido. › Secretário de Estado adjunto e do Ambiente desde novembro de 2015. › Nasceu em Braga, em 1962. › José Mendes é o rosto da reforma dos táxis e da regulação da Uber, Cabify e Taxify em Portugal.