Dez sapadores florestais fazem limpeza e vigilância
Na serra de Coroa e em Vilar de Lomba, a associação Arborea tem duas equipas de sapadores florestais complementares
PREVENÇÃO A Arborea – Associação Agroflorestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana – tem duas equipas de sapadores florestais. São dez elementos divididos pela serra da Coroa (no Parque Natural de Montesinho) e por Vilar de Lomba, no concelho de Vinhais. Em termos de atuação no terreno existem duas partes distintas ao longo do ano: “Uma parte voltada para a prevenção dos incêndios florestais, em que nos dedicamos à limpeza, e depois temos outra parte do ano que é dedicada à vigilância”, afirma Abel Pereira, presidente desta associação. Esta vigilância é complementar àquela que é também executada pelas torres de vigia ao abrigo da GNR. Nesta altura do ano, a fase de trabalho é mista, de prevenção e de vigilância.
Uma vez que trabalham no Parque Natural de Montesinho, e se trata de uma área protegida, é preciso ter em conta que existem árvores autóctones, como o carvalho-negral, que é preciso preservar, “retirando as árvores invasoras e privilegiando as espécies protegidas”. A limpeza é praticamente toda manual, assegura o responsável.
“O sapador está diariamente na floresta em contacto direto com as populações, levamos informações às pessoas sobre as queimadas, por exemplo”, sobretudo tendo em conta o que se passou no país no ano passado, estas ações de sensibilização têm sido efetuadas com maior regularidade, afirma Abel Pereira. “Temos de ter uma floresta cada vez mais equilibrada, mas isso está dificultado pelo abandono da floresta, o despovoamento e o isolamento. A área agrícola é muito menor e o abandono do território muito maior”, refere o responsável pelas equipas de sapadores florestais da Arborea, que estiveram também presentes na serra da Nogueira, na caminhada organizada pelo Prevenir e Educar por Uma Floresta Verde.