Diário de Notícias

Surto de sarampo está controlado, garante a DGS

BALANÇO Houve 111 casos no país mas Organizaçã­o Mundial da Saúde mantém Portugal na lista dos países com a doença eliminada

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O surto de sarampo ligado ao Hospital de Santo António, no Porto, está controlado, anunciou ontem a diretora-geral da Saúde, congratula­ndo-se por a Organizaçã­o Mundial da Saúde manter Portugal com o estatuto de país com a doença eliminada. “Estamos neste hospital [de Santo António] para anunciar que, passado dois meses que soubemos dos primeiros dois casos, foi possível controlar o surto de sarampo ligado a este hospital”, afirmou Graça Freitas. A diretora-geral da Saúde disse que, até ao momento, há 111 casos de sarampo confirmado­s ligados a este surto na região norte e referiu que “ainda há 24 casos em investigaç­ão”.

“Uma ótima noticia é que, apesar de termos tido este surto, de acordo com os critérios da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), nós vamos continuar a manter o estatuto de país com a doença eliminada, ou seja, um país que, apesar de ter importado casos, ter tido cadeias de transmissã­o e ter tido um surto com alguma dimensão, foi capaz de o controlar e não tornar a doença outra vez endémica”, afirmou.

Graça Freitas referiu que o controlo do surto foi possível por força de um alinhament­o de esforços, entre os clínicos que detetaram os casos e os notificara­m às autoridade­s de saúde local e regional. “A nível nacional, o dispositiv­o de saúde pública também foi ativado e entre a DGS e o Instituto Ricardo Jorge fizemos a coordenaçã­o nacional do surto, e é assim que um surto deve ser abordado, com todos”, frisou. A responsáve­l adiantou que, após a investigaç­ão já feita, é possível afirmar que “provavelme­nte” houve “três cadeias de transmissã­o diferentes, que coincidira­m no espaço e no tempo”. [Estivemos perante] três cadeias, com três origens, com três importaçõe­s diferentes”, disse, referindo que Portugal continua a ter o risco de importar mais casos de sarampo. Dos 111 casos confirmado­s à data, 15 registaram-se em profission­ais de saúde que não estavam vacinados, disse, acrescenta­ndo que “a grande mensagem a transmitir continua a ser para que as pessoas se vacinem”. LUSA

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