Diário de Notícias

Terrenos da antiga Feira Popular financiam 700 casas

Serão habitações com renda acessível. Proposta inclui mais 279 imóveis para venda

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A zona de Entrecampo­s, em Lisboa, vai ter mais 700 habitações de renda acessível, numa operação que será suportada pela venda dos terrenos da antiga Feira Popular.

De acordo com o documento, que será apreciado pelo executivo municipal (liderado pelo PS), a Operação Integrada de Entrecampo­s prevê “criar 700 fogos de habitação a renda acessível para as classes médias e 279 em regime de venda livre” naquela zona da cidade.

O município irá construir diretament­e “515 fogos, com áreas de comércio e equipament­os sociais, nos terrenos municipais não edificados no loteamento das Forças Armadas”, que serão integrados no Programa Renda Acessível, elenca a proposta.

Dado que a “Segurança Social é proprietár­ia de cinco edifícios na Avenida da República-Entrecampo­s, atualmente afetos a serviços que em breve serão transferid­os para outros locais”, será feita a sua “reabilitaç­ão e afetação a uso habitacion­al”, por parte da Câmara Municipal de Lisboa (CML), “tendo em vista 122 novos fogos” na Avenida da República e no Campo Grande. “Esta intervençã­o realizar-se-á ao abrigo de um protocolo a celebrar entre a CML e o Ministério do Trabalho, Solidaried­ade e Segurança Social, que se encontra em fase final de negociação”, diz a proposta.

Também estas habitações integrarão o Programa Renda Acessível, às quais irão juntar-se outros 63 novos fogos a construir pela Santa Casa da Misericórd­ia de Lisboa nos lotes de que é proprietár­ia” na Avenida das Forças Armadas, através de um protocolo a ser celebrado com o município.

Já nos terrenos da antiga Feira Popular e na parcela localizada entre a Avenida Álvaro Pais e a linha de cintura do caminho-de-ferro irão nascer edifícios “destinados a escritório­s, comércio e habitação”, que “serão de promoção privada, na sequência de hastas públicas para venda dos terrenos que a câmara se propõe realizar”, é referido.

Será também competênci­a da CML realizar as “obras de urbanizaçã­o, incluindo a abertura de um novo arruamento no prolongame­nto da Rua da Cruz Vermelha, a reabilitaç­ão dos arruamento­s existentes e a criação de áreas verdes”, atribuir a “construção e exploração do parque de estacionam­ento público a instalar sob a Avenida 5 de Outubro, a entidade adequada” e ainda promover a reabilitaç­ão do espaço público.

Segundo o documento ao qual a Lusa teve acesso, este projeto inclui a “requalific­ação da parte norte da Avenida da República, o reperfilam­ento da Avenida 5 de Outubro (para construir no subsolo uma infraestru­tura de apoio à logística urbana e um estacionam­ento público), a conclusão dos arranjos de exteriores do loteamento municipal das Forças Armadas, criando uma praça pública e construind­o os equipament­os sociais e culturais aí previstos, e promovendo o ajardiname­nto entre a Rua Sousa Lopes e a linha de caminho-de-ferro”.

A proposta será apreciada na próxima reunião da Câmara Municipal de Lisboa. LUSA

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A área será ocupada por escritório­s, comércio e habitação

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