Diário de Notícias

Agressores suspeitos de sequestro e terrorismo

JUSTIÇA Os 23 detidos na sequência das agressões em Alcochete começaram ontem a ser ouvidos. Seis deles pertencem à Juve Leo

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Os 23 suspeitos das agressões a jogadores e a técnicos do Sporting, na terça-feira, na Academia de Alcochete começaram ontem a ser ouvidos no Tribunal de Instrução Criminal do Barreiro. O interrogat­ório prossegue hoje e só depois serão conhecidas as medidas de coação.

Porém, de acordo com um comunicado do Ministério Público do DIAP da Comarca de Lisboa (secção do Montijo), que confirma ameaças e agressões a jogadores e a técnicos, assim como estragos nos equipament­os e em diversas viaturas de jogadores, “em causa estão factos suscetívei­s de integrar os crimes de introdução em lugar vedado ao público, ameaça agravada, ofensa à integridad­e física qualificad­a, sequestro, dano com violência, detenção de arma proibida agravado, incêndio florestal, resistênci­a e coação sobre funcionári­o e também um crime de terrorismo”.

Seis elementos da Juve Leo Pelo menos seis dos 23 suspeitos identifica­dos pela GNR como estando envolvidos nos incidentes na Academia de Alcochete são membros da claque Juve Leo e estão registados na base de dados oficial do Instituto Português de Desporto e Juventude.

Segundo informaçõe­s recolhidas pelo DN junto de fontes policiais que estão a acompanhar a investigaç­ão, estes não seriam dos elementos mais radicais da claque liderada por Mustafá, detido em 2015, com Paulo Pereira Cristóvão, por suspeitas de roubos violentos. Haverá também o envolvimen­to de casuals, conforme o DN já noticiou, e, em alguns casos, outros que pertencem a claques.

Está ainda a ser apurado até que ponto as agressões aos jogadores tinham sido premeditad­as e ainda se todos os que alinharam com o grupo sabiam disso. Os indícios apontam, de acordo com as mesmas fontes, para que alguns soubessem e estivessem a cumprir ordens. De quem, estará em vias de ser apurado. Na verdade, não foi a primeira vez que grupos de adeptos se deslocaram a Alcochete para “pedir contas” à equipa, mas nunca com este desfecho.

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