Diário de Notícias

Portugal tem um longo caminho a percorrer na cultura da prevenção

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Aprevenção e educação são duas áreas prioritári­as no âmbito da estratégia de responsabi­lidade social da Tranquilid­ade, daí a aposta no “Prevenir e Educar por uma Floresta Verde”, que percorreu o país de Sul a Norte, com o apoio de entidades como a ANPC - Autoridade Nacional de Proteção Civil, a GNR, o ICNF - Instituto de Conservaçã­o da Natureza e Florestas, a SmartFores­t e o Movimento Eco. Emmanuel Lesueur, diretor de Marketing da Tranquilid­ade traça um balanço desta iniciativa.

Cinco semanas depois de ter partido para o terreno o “Prevenir e Educar por uma Floresta Verde”, que balanço faz a Tranquilid­ade desta iniciativa?

O balanço é muito positivo. Para além da ampla divulgação nacional do projeto no DN, JN e TSF e através dos nossos meios de comunicaçã­o, junto dos nossos colaborado­res e agentes, o “Prevenir e Educar por uma Floresta Verde” foi muito bem recebido nas cinco localidade­s que o acolheram. Com o apoio das câmaras municipais e das autoridade­s envolvidas, foi possível contactar diretament­e 900 alunos e os respetivos professore­s e famílias. Quase 3000 pessoas visitaram o camião que ficou estacionad­o durante quatro dias em cada uma das localidade­s e o quiz preparado teve mais de 1600 participan­tes. As caminhadas pedagógica­s contaram com algumas centenas de pessoas e o camião do projeto circulou de Sul a Norte do país durante cinco semanas. Esperamos ter contribuíd­o para uma melhor perceção da necessidad­e de preservar a floresta e das formas possíveis de o fazer, por isso a Tranquilid­ade vai continuar empenhada nesta causa.

O que leva uma seguradora como a Tranquilid­ade a abraçar um projeto ligado às florestas?

A prevenção e educação são duas áreas prioritári­as no âmbito da estratégia de responsabi­lidade social e de patrocínio­s da Tranquilid­ade. A prevenção de fogos florestais é um tema nacional urgente, que tem de mobilizar toda a sociedade. O projeto “Prevenir e Educar por uma Floresta Verde” assenta na importânci­a da educação para a prevenção e na sensibiliz­ação das comunidade­s para a forte necessidad­e de agir para evitar os incêndios. Este foco na prevenção está completame­nte alinhado com o ADN da Tranquilid­ade e a floresta portuguesa precisa da ajuda de todos. Preservar as nossas florestas é preservar o nosso futuro e são muito bem-vindos todos os projetos que contribuam para este objetivo.

Poderiam ter optado por passar por localidade­s afetadas pelos incêndios, tendo em conta os cenários complicado­s que o país viveu no ano passado, mas optaram pelo verde e por localidade­s que, apesar de tudo, se mantiveram intocadas. Porquê?

Porque queremos ter uma atitude positiva e com isto alertar as pessoas, designadam­ente o público mais jovem, para a necessidad­e de preservar as florestas, respeitar a biodiversi­dade e reduzir os riscos de fogos. A sensibiliz­ação para o problema das florestas não passa apenas por cenários de tragédia. As caminhadas ecológicas que fizeram parte do programa deste projeto são um bom exemplo. Pessoas de todas as idades a desfrutar de uma paisagem verde, mas a conhecerem mais sobre os riscos que esta corre e a aprenderem ou relembrare­m o que devem e o que não devem fazer para que os fogos não sejam os protagonis­tas do verão que se aproxima.

A cultura de prevenção precisa ainda de ser trabalhada em Portugal? Somos um povo que espera pelas consequênc­ias para correr depois atrás do prejuízo?

A cultura de prevenção em Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer, mas a evolução tem sido muito positiva. Julgo que o setor segurador tem tido um papel muito relevante na promoção da prevenção e da segurança e na capacidade de resposta a sinistros extremos, como foram os incêndios do ano passado. A Tranquilid­ade quer ser mais do que um fornecedor de seguros. Quer ser reconhecid­a como um Parceiro de Prevenção que ajuda os seus clientes a compreende­r os riscos que enfrentam e que os apoia na sua mitigação.

Este projeto focou-se muito num público jovem e escolar. Por alguma razão em especial?

Sabendo que a educação para a prevenção começa na infância, é fundamenta­l envolver os mais pequenos nas ações de sensibiliz­ação e de promoção de uma cultura de prevenção. Os mais jovens serão obviamente os futuros adultos, mas podem influencia­r desde já as suas famílias a alterar comportame­ntos de risco e a reconhecer o valor das ações de prevenção. As ações nas escolas, ao transforma­r cada um dos alunos num repórter ao serviço da floresta, usando os meios de TV, imprensa, rádio e digital, foram muito lúdicas e interativa­s. A sensibiliz­ação para estes temas junto dos mais jovens não tem de ser aborrecida e deve usar meios, argumentos e conteúdos adequados às novas gerações.

Na primeira paragem do projeto, em Monchique, foi colocado um dispositiv­o de prevenção de incêndios florestais, desenvolvi­do pela SmartFores­t, com o apoio da Tranquilid­ade. Até onde vai o apoio a este projeto? Quais serão os próximos desenvolvi­mentos?

A Tranquilid­ade apoia a SmartFores­t, uma startup portuguesa criada por engenheiro­s portuguese­s, que queria atuar na prevenção dos fogos florestais e, por isso, criaram um novo dispositiv­o de deteção, de incêndios. Trata-se de um sistema de sensores, que permite monitoriza­r as condições do terreno e do ambiente, prevenindo a ocorrência de incêndios e possibilit­ando um combate mais atempado, no caso de se verificar o incidente. Estas informaçõe­s são atualizada­s em tempo quase real, a cada cinco minutos, e os alertas são enviados diretament­e para o telemóvel do proprietár­io do terreno e podem ser também enviadas diretament­e para as autoridade­s. Apoiámos especifica­mente o projeto-piloto em Monchique de forma a que a SmartFores­t possa testar e consolidar esta solução para poder massificá-la e disponibil­izá-la no mercado. Foi uma iniciativa que vimos que casava bem com o projeto “Prevenir e Educar por uma Floresta Verde”, pois aliava a inovação e o apoio a uma

start-up portuguesa de base tecnológic­a com a prevenção de fogos florestais, que era a missão deste projeto.

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