Diário de Notícias

Governo nomeia comandante-geral “a prazo” para a GNR

Botelho Miguel, oficial general do Exército, é atualmente o número dois da Guarda, tem 59 anos e está na GNR desde 2010

- VALENTINA MARCELINO

O próximo comandante-geral da GNR, Luís Botelho Miguel, ocupará o cargo apenas dois anos e não o habitual mínimo de três destas comissões de serviço. Promovido a general em 2010, completa em 2020 o limite de tempo neste posto, previsto no estatuto militar, e terá obrigatori­amente de passar à reserva.

Esta limitação era considerad­a impeditiva da nomeação por alguns setores da GNR, que viam como natural sucessor do atual comandante-geral, Manuel Mateus Couto, um major-general mais novo, Rui Clero, comandante operaciona­l da GNR há um ano, já escolhido por este governo. Poderá ser o “senhor” que segue em 2020.

Nos oito anos que está na GNR, Botelho Miguel assumiu várias funções: começou como adjunto do comandante operaciona­l e seguiu para a liderança da Unidade de Intervençã­o, depois dirigiu o Comando de Administra­ção e Recursos Internos, foi comandante operaciona­l e atualmente é o número dois desta força de segurança, cargo para o qual foi promovido a tenente-general. Acumulou também funções de inspetor nacional da Guarda.

O seu nome chegou a estar em cima da mesa, conforme o DN noticiou no ano passado, para liderar o Sistema de Informaçõe­s da República Portuguesa (SIRP). Botelho Miguel teve uma curta passagem pelo Serviço de Informaçõe­s Estratégic­as de Defesa (SIED), em que foi diretor de área, no final da década de 1990. No Exército, também teve responsabi­lidades na intelligen­ce como chefe da Divisão de Informaçõe­s Militares do Exército (DIMIL) e como diretor de área na Divisão de Informaçõe­s no Estado-Maior-General das Forças Armadas.

 ??  ?? Luís Botelho Miguel é o atual
número dois da GNR
Luís Botelho Miguel é o atual número dois da GNR

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal