Diário de Notícias

Só Espanha e Polónia nos bate nos contratos a prazo

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PRECARIEDA­DE Em cada cem contratos de trabalho existentes em Portugal, 22 são a termo. O número não tem passado despercebi­do e está na origem da proposta de combate à segmentaçã­o do mercado de trabalho que o governo apresentou aos parceiros sociais (ver texto em cima).

Tem também a particular­idade de colocar o país entre os Estados membros da UE que mais recorrem a contrataçã­o a prazo. Apenas Espanha e Polónia apresentam taxas mais elevadas.

Os dados são do Eurostat e mostram que, no final do ano passado, 22% da população empregada estava ligada às empresas através de contrato a prazo. Em Espanha eram 26,8%, enquanto na Polónia rondavam os 26,1%.

Recuando a 2013, ano em que, por cá, a taxa de desemprego registou máximos históricos, constata-se que o número de contratos a termo era então ligeiramen­te mais baixo do que agora: 21,4%. Ainda assim, Portugal ocupava a terceira posição entre os países da UE em que o recurso a este tipo de vínculo precário era mais expressivo. Nesse mesmo ano, o primeiro lugar era ocupado pela Polónia e o segundo por Espanha.

Entre os países em que a taxa de contratos a prazo é mais reduzida estão a Roménia, Letónia e Estónia. Na Alemanha, os contratos a termo pesam 12,9%, o mesmo que na Dinamarca. Em França aproxima-se dos 17% e na Holanda está nos 21,5%, ambos acima da média da União Europeia, que é de 14,3%.

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